sábado, 5 de junho de 2010
Considerações sobre os Idosos
Idosos são belos -Clevane Pessoa-foto de Lu Peçanha(*) em 25-05-2009-Poetas Pela Poesia e Pela Paz-Palabra en El Mundo-Marcha Pela Paz.
Postado em Banco do Planeta,por Clevane Pessoa de Araújo Lopes em 5 junho 2010 às 14:21
--
Busco amigos verdadeiros , qual o mergulhador em águas profundas, busca as melhores ostras para achar a pérola.O que resta, pode ser lindo qual o abalon, o nácar,a madrepérola, mas jamais terá o mesmo valor...Clevane Pessoa
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Considerações sobre Pessoas na Terceira Idade.
Idosos são belos
-Ricas sedas amassadas
Sem perder a luz.
Haruko
Assino meus haikais com esse nome, Haruko, que significa ‘primavera” em japonês, nomeada por um namorado de adolescência, que era nissei .Para mim , eclodir em flores significa colorir-me em versos.Afeita ao Oriente, em uma de minhas leituras , soube que a seda é um tecido que mesmo amassado”não perde a luz”.Isso reportou-me ao plissé das rugas no rosto, na pele em geral, dos que já viveram muitos caminhos.Noutro dia, Diovvani Mendonça, poeta que em Belo Horizonte, criou o Projeto “Pão e Poesia”, quando atendi ao seu telefonema, leu-me, emocionado, voz grave, os haikais que encontrará em meu livro virtual Orvalho e entre eles, esse acima, em epígrafe.Na qualidade de “poeta convidada”, estou com seis desses haikais, na edição recente-e nos mega banneres que ele colocou em circuito por escolas.
Lembro-me do rosto em pergaminho de vovó Theófila Theonila Câmara de Araújo, capulhos de algodão na cabeça- que foi mãe de dezenove filhos e minha mãe, a caçula deles, somente a conheceu já velha.Netos e bisnetos ao colo , mansa e santa, não raro sentia as mãozinhas e dedinhos por sua face, às vezes acompanhar a escrita do tempo.E um dia, minha priminha Solimar perguntou-lhe:-Vovó, que é “isso”? Referia-se aos meandros das rugas, quais secos rios...Mas os olhos de vovó, que fora filha única e rica, tendo o esposo perdido seus bens em andanças políticas e negócios mal fadados, embora fosse brilhante poeta, jornalista e trabalhador, brilhavam de felicidade , sempre.Já viúva, tendo vivido mais de cinquenta anos com o homem amado - com quem sonhara pouco antes dele aparecer na fazenda de seu pai, no momento em que ela acabava de contar à tia e madrasta, que ele chegaria em um cavalo ajaezado em prata, baio, e que era um lindo homem - às vezes, eu , chegando do jornal onde trabalhava, a encontrava na varanda de mamãe, a contemplar o espaço, com aqueles olhos iluminados.E eu dizia:”-A senhora está pensando em que?” Ela respondia-me, invariavelmente :-Estou aqui, esperando um dia encontrar-me com o meu Luiz.Era o nome de vovô, Luiz Máximo de Araújo, que todos os dias, enquanto viveu, e estavam na mesma cidade-pois ele viajava muito- dava-lhe um presente. Mesmo quando sem bens, trazia agulhas, linhas, fitas, caixinhas de bombons, broches de bijoux, talvez para compensar-lhe as jóias perdidas. Mesmo àquela época, décadas antes do feminismo engatinhar, jamais foi machista, dizia que à mulher ,bastava administrar a casa e a criação dos filhos, o que já era muito...E ele dizia sempre:”_Velho , não!Sou moço usado”...Cresci amando idosos, espelhada em minha mãe, que se dava bem com todos...
Por sugestão de um dos coordenadores do nosso Movimento Paz e Poesia, agora inserido em “Palabra em El Mundo", o Embaixador da Paz e Poeta Cláudio Márcio Barbosa, fomos a um asilo de anciãos .Conversamos longamente com a psicóloga, a assistente social, a enfermeira, a recreadora que ali estavam.Percebemos o zelo, o conhecimento dessa causa da terceira idade. Esta, hoje, maisa pontada por eufemismos: Serena Idade, Melhor Idade.E então, minha amiga Lu Peçanha,também Embaixadora da Paz, como eu, pelo Cercle de Les Ambassadeurs Univer.de la Paix, que é fotógrafa da alma em seus belos trabalhos, saiu comigo e fomos circular .
E registrar as pessoas, sem mostrar o rosto nas imagens.Lá, vimos desde as pessoas menos idosas –qual uma cadeirante , que disse estar ali por vontade própria- para não "atrapalhar a família "– a macróbias pessoas, quase centenárias.Uma delas, não tinha quase rugas, malares altos –e um olhar onde a luz se abrigava.Outros, já sem a visão .Uma , choramingava sem lágrimas, em clara representação, que sumira sua grinalda, pois no dia seguinte iria coroar Nossa Senhora na igreja . Na verdade, queria ganhar uma nova,mesmo corpulenta, parecia-nos uma daquelas meninhas que sabem jogar chame para os adultos a atenderam, num clara regressão de idade.Havia um senhor a ver Tv ,isolado, talvez por escutar pouco, cadeira bem próxima ao aparelho- ou para ter seu espaço pessoal preservado.O primeiro com quem falamos, fazia lições de casa, orgulhoso de estar sendo alfabetizado, a escrever com lápis , caprichosamente . E um outro, negro e esbelto, vestido com camisa branca bem passada, as mangas ligeiramente arregaçadas, sapatos elegantes, sentado no pátio.E Lu captou um momento único: ventava e uma folha nova de parreira veio pousar aos pés dele. Ela, ao enviar-me essas fotos em preto e branco , de impacto, colocou, simbolicamente nessa fotografia, apenas a folha em verde , uma verdadeira poesia visual, metáfora concreta.
Presenteei-os com os saquinhos do Pão e Poesia do Poeta Diovvani, e eles adoraram , pois quem fica mais velho, tem sempre coisinhas a guardar.
Outra das fotos, mostra uma senhora, costurando uma saia, reduzindo a bainha-a vaidade feminina sempre um traço que anotamos. A assistente social conta-nos de quem não recebia visitas e agora, com netos tomando a si a visita, melhorou muito a ansiedade, a depressão, a saúde geral.
Fiquei a pensar em quantas fraldas teriam trocado, de pessoas que hoje não as visitam, quantas canções de ninar cantaram , quantas noites insones para cuidar de um filho, quanto trabalho extra –além dos próprios gens e vida que doaram a seus descendentes...A solidão dói qual roseiral silvestre ,para colher uma rosa, muitas picadas e dores.Felizmente, voluntários aparecem, para suprir as carências, adotam os velhinhos em dias de visita...Lembro-me ainda, em meu consultório, que quando foi-me levada uma senhora que não mais saía de casa, e a coloquei na maca, para levá-la a um estado Alpha e melhor chegar ao cerne de seu problema, enquanto falava no relaxamento, tomei nas mãos seus pés e os massageei.Uma crise de choro.E depois, a catarse.Indagada sobre tanta emoção, ela confidenciou-me a soluçar-“Acontece, que há dez anos, ninguém me toca”...O filho construíra uma gaiola dourada, com tudo que uma pessoa idosa pode precisar. A nora era ciumenta. Da porta, o filho dava boa noite ,os netos também ...Mal lhe falavam.Nos finais de semana, viajavam, e ela não era levada “por causa da idade”. A solidão minou os resquícios de uma rica vida de ações –ela fora a primeira mulher a dirigir um carro, em sua região, lembrou em lágrimas. . Depois de muita terapia familiar, quando mudei-me, ela já ia sozinha à consulta, com uma bolsa linda de matelessé, feita por ela mesma, onde, numa bolsinha menor, presa por um roloté, no fundo, levava seu dinheiro –“Assim engano o ladrão”, dizia alegremente, pois usava agora uma condução coletiva, novamente independente.
Para mim, mesmo ao explicar às novas gerações o potencial de uma pessoa que já viveu muito, basta-lhes a tarefa falar de sua vida e dos tempos vividos: são testemunhas vivas de suas épocas e História desfila com conhecimento de causa.Quando recebi da ALTO(**) ,através do Secretário professor Wilson Colares, o lindo livro de Didinha, Hilda Ottoni Porto Ramos, da tradicional família otoniense,“Memórias Vivas...Vivas Memórias”, encantei-me.Tive a demonstração exata do que sempre busco ensinar: idosos são referências vivas . E quem lhes possibilita registrar lembranças, merece nosso aplauso e aprovação .Pessoas de muita vivência trazem informações vívidas e confiáveis, até das transformações da língua, as trocas de moeda,os costumes ....Afinal, qual disse o Poeta chileno Pablo Neruda, confessam que...viveram (*) ! Fora as doenças próprias da idade, quando alguns têm dificuldades em lembrar-se de muita coisa - onde colocaram os óculos, o jornal- as relembranças, a memória retrógrada são preservadas quase sempre .E, muitas vezes, aparecem em flashs rápidos.Não as descurem, não as desdenhem, ouçam-nas...Idosos são belos:ricas sedas amassadas, não perdem a luz.
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Acadêmica Correspondente da ALTO
Belo Horizonte, MG
http://ocasoespetacular.blogspot.com
clevanepax@gmail.com
(*) “Confesso que Vivi”-livro de Pablo Neruda-que agora em 2010 completaria 106 anos.
(**) ALTO(Academia de Letras de Teófilo Otoni)
Reeenvio o texto e, por favor, acuse o recebimento, pois estou com problemas com om provedor novo.
Cordialmente, recomendações aos confrades e confreiras.:
Clevane
--
Busco amigos verdadeiros , qual o mergulhador em águas profundas, busca as melhores ostras para achar a pérola.O que resta, pode ser lindo qual o abalon, o nácar,a madrepérola, mas jamais terá o mesmo valor...Clevane Pessoa
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Considerações sobre Pessoas na Terceira Idade.
Idosos são belos
-Ricas sedas amassadas
Sem perder a luz.
Haruko
Assino meus haikais com esse nome, Haruko, que significa ‘primavera” em japonês, nomeada por um namorado de adolescência, que era nissei .Para mim , eclodir em flores significa colorir-me em versos.Afeita ao Oriente, em uma de minhas leituras , soube que a seda é um tecido que mesmo amassado”não perde a luz”.Isso reportou-me ao plissé das rugas no rosto, na pele em geral, dos que já viveram muitos caminhos.Noutro dia, Diovvani Mendonça, poeta que em Belo Horizonte, criou o Projeto “Pão e Poesia”, quando atendi ao seu telefonema, leu-me, emocionado, voz grave, os haikais que encontrará em meu livro virtual Orvalho e entre eles, esse acima, em epígrafe.Na qualidade de “poeta convidada”, estou com seis desses haikais, na edição recente-e nos mega banneres que ele colocou em circuito por escolas.
Lembro-me do rosto em pergaminho de vovó Theófila Theonila Câmara de Araújo, capulhos de algodão na cabeça- que foi mãe de dezenove filhos e minha mãe, a caçula deles, somente a conheceu já velha.Netos e bisnetos ao colo , mansa e santa, não raro sentia as mãozinhas e dedinhos por sua face, às vezes acompanhar a escrita do tempo.E um dia, minha priminha Solimar perguntou-lhe:-Vovó, que é “isso”? Referia-se aos meandros das rugas, quais secos rios...Mas os olhos de vovó, que fora filha única e rica, tendo o esposo perdido seus bens em andanças políticas e negócios mal fadados, embora fosse brilhante poeta, jornalista e trabalhador, brilhavam de felicidade , sempre.Já viúva, tendo vivido mais de cinquenta anos com o homem amado - com quem sonhara pouco antes dele aparecer na fazenda de seu pai, no momento em que ela acabava de contar à tia e madrasta, que ele chegaria em um cavalo ajaezado em prata, baio, e que era um lindo homem - às vezes, eu , chegando do jornal onde trabalhava, a encontrava na varanda de mamãe, a contemplar o espaço, com aqueles olhos iluminados.E eu dizia:”-A senhora está pensando em que?” Ela respondia-me, invariavelmente :-Estou aqui, esperando um dia encontrar-me com o meu Luiz.Era o nome de vovô, Luiz Máximo de Araújo, que todos os dias, enquanto viveu, e estavam na mesma cidade-pois ele viajava muito- dava-lhe um presente. Mesmo quando sem bens, trazia agulhas, linhas, fitas, caixinhas de bombons, broches de bijoux, talvez para compensar-lhe as jóias perdidas. Mesmo àquela época, décadas antes do feminismo engatinhar, jamais foi machista, dizia que à mulher ,bastava administrar a casa e a criação dos filhos, o que já era muito...E ele dizia sempre:”_Velho , não!Sou moço usado”...Cresci amando idosos, espelhada em minha mãe, que se dava bem com todos...
Por sugestão de um dos coordenadores do nosso Movimento Paz e Poesia, agora inserido em “Palabra em El Mundo", o Embaixador da Paz e Poeta Cláudio Márcio Barbosa, fomos a um asilo de anciãos .Conversamos longamente com a psicóloga, a assistente social, a enfermeira, a recreadora que ali estavam.Percebemos o zelo, o conhecimento dessa causa da terceira idade. Esta, hoje, maisa pontada por eufemismos: Serena Idade, Melhor Idade.E então, minha amiga Lu Peçanha,também Embaixadora da Paz, como eu, pelo Cercle de Les Ambassadeurs Univer.de la Paix, que é fotógrafa da alma em seus belos trabalhos, saiu comigo e fomos circular .
E registrar as pessoas, sem mostrar o rosto nas imagens.Lá, vimos desde as pessoas menos idosas –qual uma cadeirante , que disse estar ali por vontade própria- para não "atrapalhar a família "– a macróbias pessoas, quase centenárias.Uma delas, não tinha quase rugas, malares altos –e um olhar onde a luz se abrigava.Outros, já sem a visão .Uma , choramingava sem lágrimas, em clara representação, que sumira sua grinalda, pois no dia seguinte iria coroar Nossa Senhora na igreja . Na verdade, queria ganhar uma nova,mesmo corpulenta, parecia-nos uma daquelas meninhas que sabem jogar chame para os adultos a atenderam, num clara regressão de idade.Havia um senhor a ver Tv ,isolado, talvez por escutar pouco, cadeira bem próxima ao aparelho- ou para ter seu espaço pessoal preservado.O primeiro com quem falamos, fazia lições de casa, orgulhoso de estar sendo alfabetizado, a escrever com lápis , caprichosamente . E um outro, negro e esbelto, vestido com camisa branca bem passada, as mangas ligeiramente arregaçadas, sapatos elegantes, sentado no pátio.E Lu captou um momento único: ventava e uma folha nova de parreira veio pousar aos pés dele. Ela, ao enviar-me essas fotos em preto e branco , de impacto, colocou, simbolicamente nessa fotografia, apenas a folha em verde , uma verdadeira poesia visual, metáfora concreta.
Presenteei-os com os saquinhos do Pão e Poesia do Poeta Diovvani, e eles adoraram , pois quem fica mais velho, tem sempre coisinhas a guardar.
Outra das fotos, mostra uma senhora, costurando uma saia, reduzindo a bainha-a vaidade feminina sempre um traço que anotamos. A assistente social conta-nos de quem não recebia visitas e agora, com netos tomando a si a visita, melhorou muito a ansiedade, a depressão, a saúde geral.
Fiquei a pensar em quantas fraldas teriam trocado, de pessoas que hoje não as visitam, quantas canções de ninar cantaram , quantas noites insones para cuidar de um filho, quanto trabalho extra –além dos próprios gens e vida que doaram a seus descendentes...A solidão dói qual roseiral silvestre ,para colher uma rosa, muitas picadas e dores.Felizmente, voluntários aparecem, para suprir as carências, adotam os velhinhos em dias de visita...Lembro-me ainda, em meu consultório, que quando foi-me levada uma senhora que não mais saía de casa, e a coloquei na maca, para levá-la a um estado Alpha e melhor chegar ao cerne de seu problema, enquanto falava no relaxamento, tomei nas mãos seus pés e os massageei.Uma crise de choro.E depois, a catarse.Indagada sobre tanta emoção, ela confidenciou-me a soluçar-“Acontece, que há dez anos, ninguém me toca”...O filho construíra uma gaiola dourada, com tudo que uma pessoa idosa pode precisar. A nora era ciumenta. Da porta, o filho dava boa noite ,os netos também ...Mal lhe falavam.Nos finais de semana, viajavam, e ela não era levada “por causa da idade”. A solidão minou os resquícios de uma rica vida de ações –ela fora a primeira mulher a dirigir um carro, em sua região, lembrou em lágrimas. . Depois de muita terapia familiar, quando mudei-me, ela já ia sozinha à consulta, com uma bolsa linda de matelessé, feita por ela mesma, onde, numa bolsinha menor, presa por um roloté, no fundo, levava seu dinheiro –“Assim engano o ladrão”, dizia alegremente, pois usava agora uma condução coletiva, novamente independente.
Para mim, mesmo ao explicar às novas gerações o potencial de uma pessoa que já viveu muito, basta-lhes a tarefa falar de sua vida e dos tempos vividos: são testemunhas vivas de suas épocas e História desfila com conhecimento de causa.Quando recebi da ALTO(**) ,através do Secretário professor Wilson Colares, o lindo livro de Didinha, Hilda Ottoni Porto Ramos, da tradicional família otoniense,“Memórias Vivas...Vivas Memórias”, encantei-me.Tive a demonstração exata do que sempre busco ensinar: idosos são referências vivas . E quem lhes possibilita registrar lembranças, merece nosso aplauso e aprovação .Pessoas de muita vivência trazem informações vívidas e confiáveis, até das transformações da língua, as trocas de moeda,os costumes ....Afinal, qual disse o Poeta chileno Pablo Neruda, confessam que...viveram (*) ! Fora as doenças próprias da idade, quando alguns têm dificuldades em lembrar-se de muita coisa - onde colocaram os óculos, o jornal- as relembranças, a memória retrógrada são preservadas quase sempre .E, muitas vezes, aparecem em flashs rápidos.Não as descurem, não as desdenhem, ouçam-nas...Idosos são belos:ricas sedas amassadas, não perdem a luz.
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Acadêmica Correspondente da ALTO
Belo Horizonte, MG
Crédito da foto:Lu Peçanha, também da Comunidade Banco do Planeta.-abril 2010-Belo Horizonte-->("Lucilene Ianino Lima Peçanha:lucilene_pecanha@hotmail.com">lucilene_pecanha@hotmail.com>)
(*) Lu Peçanha e eu somos Embaixadoras da paz, pelo Cercle de Les Amabassadeurs Univ. de La Paix , membros do Green Peace,do banco do Planeta, e Poetas del Mundo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário