domingo, 21 de junho de 2009

Renga de Anibal Beça e José Félix




Renga de Anibal Beça e José Félix

Quem gosta de haiku, renga, etc,deverá conhecer (ou revisitar )o belo site

http://amazonichaijin.blogspot.com/2008/04/leia-tudo-sobre-renga.html

No ano passado, o mestre Anibal Beça colocou algo que publiquei sobre a renga que ele e José Félix publicavam pela Internet em 2003-e que me chegava por e-mail.
veja na imagem , também um de seus belos haikai e a capa de dois livros seus-para haikaistas e apreciadores,por certo, preciosa publicações!:



Terça-feira, 8 de Abril de 2008
"LEIA TUDO SOBRE RENGA


"Trago a espetacular reunião da amiga Clevane Pessoa de Araújo Lopes, que não apenas divulgou nosso exercício de renga on-line, na lista ESCRITAS, como se preocupou em trazer para os amantes do haiku, noções da poesia japonesa com um espetacular glossário de termos sobre a RENGA":.

Conhece a Renga? Leia a de Aníbal Beça e José Félix , e outras coisas mais...
Imagem:representatação artística de Basho, o grande haikaista japonês.

Foi gostoso, em 2003,acompanhar a Renga de Aníbal Beça,um grande haicaista ,que consegue sempre a leveza oriental em seus versos ocidentais e de José Félix, que tece filigrana de palavras voláteis.Durou de 7 de junho a 11 de julho, o vai-evem entre poetas.No final, Aníbal mandou toda tessitura de suas vozes encantadoras.E eu, encantada, arquivei, para agora trazer até vocês.(*)No glossário do Sumauma(**),Grêmio Sumauma de Haikai, marquei os tópicos que se referem à Renka, de uma ou outra forma,com um asteriscos.Também tomei a liberdade de colocar aspas em cada verbete, lembrando que foram redigidos e pesquisados ...Recebi esse glossário há cerca de dois anos de Mitie F.,que trocou comigo alguns haikais, depois não mais a encontrei na Internet.

Pesquisando sobre haiku, fui dar no Sumauma.Onde escreve Aníbal beça(Prêmio Nestlé de Literatura)Trata-se de site clean e funcional, vale a pena conhecê-lo(endereço lá aao pé desta página)

RENGA (*)DE ANIBAL BEÇA E JOSÉ FELIX

GALHOS DE INVERNO
(Início: 7/06/2003)

1.
No dia tranquilo
apenas o zum-zum das moscas -
chuva anunciada

Anibal Beça

É uma chuva de estrelasas
primeiras gotas de água

José Félix

2.
Com tanta beleza
impossível não nomeá-lo -
sorriso do neto

Anibal Beça

abrem-se as flores de trevo
nos primeiros raios de sol.

José Félix

3.
Pegado ao chinelo
um ramo de quatro folhas -
que boa fortuna!

No caminho da manhã
um cachorro abana o rabo

Anibal Beça

4.
A primeira neve
borla o telhado de xisto -
os cabelos brancos

José Félix

Cortar lenha pra lareira
hoje só com moto-serra...

Anibal Beça

5.
Teatro chinês -
os galhos da cerejeira
bailam na lua cheia.

José Félix

Na vereda do jardim
as sombras juntam-se aos passos

Anibal Beça

6.
O ventre redondo
não é de barriga cheia -
caixotes do lixo

José Felix

Sob a marquise o mendigo
faz do jornal cobertor

Anibal Beça

7.
Dois pardais no ninho -
o sol e a lua se encontram
na noite mais longa.

Mesmo com o vento forte
as nuvens passam tranqüilas

Anibal Beça

8.
à beira do lago
os pintos correm velozes -
os meninos brincam.

a caruma dos pinheiros
enfeita a borla da água.

José Félix

9.
O presidiário
separa um pouco de pão -
Visita de pássaro

Aníbal Beça

No chão branco da prisão
flores de jacarandá

José Félix

10.
As sementes voam
como asas de borboleta -
plátanos em flor

José Félix

Vem da gangorra do parque
o perfume de alfazema

Anibal Beça

11.
A papoila rubra
num campo de malmequeres -
a primeira noite.

José Félix

As mãos macias na relva
descobriam outro orvalho

Anibal Beça

12.
Montinhos de terra -
não se vêem as formigas
carregando as folhas

José Felix

Na rua movimentada
a roda de aposentados

Anibal Beça

13.
Lua de verão -
as cadeiras nas calçadas
e as cantigas das meninas

Anibal Beça

Juntam.-se pequenos troncos
para o salto da fogueira.

José Félix

14.
Noite de mormaço -
a lua também se banha
nas águas do lago

Anibal Beça

No chuá chuá da água
brilham os olhos da rã

José Félix

15.
Saíndo do bosque
luz e cores se fragmentam -
um caleidoscópio.

Desse solo de silêncios
o olhar acorda em nova alma.

Anibal Beça

16.
Depois do arco-íris
mais brilhante que mil sóis -
giestas floridas.

José Felix

O som macio da viola
é convite para a sesta.

Anibal Beça

17.
Cacareja o galo
às cinco horas da manhã -
estrelícia aberta.

José Félix

No descanso do domingo
é o jardim quem não repousa.

Anibal Beça

18.
Do casulo sai
uma borboleta branca -
um xaile de seda

As lagartas estão presas
às folhas da amoreira.

José Félix

19.
Desci ao quintal
levado pelo seu cheiro -
flor da catleya.

Anibal Beça

Uma aranha vai tecendo
o leito do sono eterno.

José Félix

20.
A lua e o sol
dia após dia bem-vindos -
quantas horas mais?

Anibal Beça

Ao lado uma sardinheira
está cheia de joaninhas.

José Félix

21.
Comendo escondido
o guri pensa-se a salvo -
Ah, o cheiro cítrico!

Hoje com novos manejos
a tangerina o ano todo

Anibal Beça

22.
As galinhas juntam-se
zurzindo na capoeira -
um galo novo.

José Félix

Chega à cidade a fragata
cheia de guardas-marinha

Anibal Beça

23.
Ateia-se o fogo
para a matança do porco -
cheiro a erva queimada.

José Félix

Já sopra o vento gelado.
Uma cachaça vai bem

Anibal Beça

24.
À beira do fogo
ouvem-se contos antigos -
contador de histórias

O copo da aguardente
destrava a língua pesada.

José Félix

25.
Quando ela aparece
as cinzas reacendem -
antiga paixão.

Anibal Beça

Galho a galho se consome
tanto fogo renovado.

José Félix

26.
Esta mesma lua
foi testemunha de tudo -
o primeiro encontro

Anibal Beça

No livro antigo com traça
uma pétala de dália.

José Félix

27.
Ela colhe a flor
para que eu prenda à lapela -
gesto de carinho

Uma única mudança:
os fios de cabelos brancos

Anibal Beça

28.
Ao luar de Dezembro
brinda-se com café quente -
uma brisa fria.

José Félix

A chama da vela baila
no burrico do presepio

Anibal Beça

29.
Abrem-se os presentes -
de joelhos vai brincando
outra meninice.

José Félix

Depois da Missa do Galo
vem o pecado da gula

Anibal Beça

30.
Sós na capoeira
cacarejam as galinhas -
o peru na mesa.

Um menino vai passando
uma pena sobre a face.

José Félix

31.
As recordações
se mostram sem espelho -
as mãos engelhadas

Anibal Beça

Embaciam-se as palavras
no tremor de cartas velhas.

José Félix

32.
As coisas não ditas
pela escrita se perderam -
repete-as de novo

Anibal Beça

Brincam crianças nos olhos
de amantes envelhecidos.

José Félix

33.
Apenas em olhar
descobre-se muitas falas -
Ah, esses sussurros...

Anibal Beça

Da amoreira duas folhas
caem juntas na alameda.

José Félix

34.
Pelas persianas
a brisa da primavera -
encontro de cheiros

Os corpos ainda úmidos
celebram os seus perfumes

Anibal Beça

35.
Na parede um quadro
com flores e rosmaninho -
fragas da beira-alta.

O travo de urze no mel
desfolha a língua nos lábios.

José Félix

36.
Olhos extasiados
com tantas cores no prado -
Já é primavera!

Mesmo assim corre um friozinho
nos corpos sem agasalho.

Anibal Beça

F I N A L11.07.2003

(*)No site do Sumaúma encontrei para vcs conceitos e história da Renga.Por ser de grande interesse para os muitos que se interessam pelo haicai e suas peculiaridades, transcrevo:

"Glossário de Termos Japoneses"(*)

ageku (verso que completa) Da renga, a estrofe final. aware (comoção) Comovente, que mexe; o tipo de coisa que evoca uma resposta emocional; frequentemente na frase ono no aware, o “comoção das coisas”.

chiri (geografia) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo fenômeno natural na terra e água (montes, rios, etc.) chka, ou nagauta (poema longo) Forma tradicional de verso, geralmente falado como se tivesse verso-linhas alternadas de cinco e sete onji, mais uma do sete onji no final. Uma interpretação alternativa sugere verso-linhas de doze onji, com um cesura dividindo cada linha em cinco e sete, mais uma linha conclusiva de sete onji. O gênero floresceu na era de Manyoshu, e tem tido uma ressurgência ocasional. Veja o ji-amari. dai (tópico) Originalmente, as circunstâncias sob as quais um poema foi escrito, dado um curto prefácio; mais tarde, um tópico expresso sobre o qual um poema foi composto.

daisan (a terceira) Da renga, a terceira estrofe.dbutsu (animais) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo animais, especialmente pássaros e insetos. dodoitsu (diversão na cidade / rapidamente cidade a cidade) Uma forma tradicional para canções tradicionais e populares, em sete-sete-sete-cinco onji. O nome parece derivar-se da velocidade com que as canções nesta forma se tornaram populares. Veja ji-amari. gunsaku (grupo de trabalho) Do haiku e da tanka, um grupo de poemas sobre um único assunto que ilumina o assunto sob vários pontos de vista, mas que pode ser lido independentemente. Veja rensaku. gyji (observações) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo festivais, feriados, e objetos associados.

"haibun (haikai em prosa) Prosa em estilo terso escrito por um poeta de haicai ou haikai, incluindo hokku ou haiku."

"haiga (pintura de um haikai) Uma pintura em um estilo rude e levemente abstrato, incluindo um haicai ou hokku escrito."

"haigon (palavra do haikai) Palavras normalmente excluidas de poemas “serious” (por exemplo, palavras de línguas estrangeiras, palavras excessivamente vulgares em significado ou dicção, etc.), mas que se tornaram uma característica distintiva do haikai, haicai, senry, etc." (***)

"haijin (pessoa que escreve haicai ou haikai) Poeta de haicai ou haikai."

"haikai (humor, piada) Originalmente, uma classificação de poemas humorísticos; mais tarde, uma abreviatura para haikai-no-renga, e assim um termo genérico para todas as composições relacionadas ao haikai, tais como o haiku, maekuzuke, haibun, etc. Ocasionalmente em japonês, e especialmente em francês e espanhol, um sinônimo para haiku." (*)

haikai-no-renga (renga humorística) Originalmente, uma renga rude e vulgar, também chamada mushin renga; nos tempos de Bashô tipo de renga que dominava.

"haiku (verso de haikai) Originalmente (e raramente usado), qualquer estrofe de um haikai-no-renga; desde Shiki, o hokku de haikai-no-renga, considerado como um gênero independente. Tradicionalmente, um haicai satisfaz o critério para o hokku--contendo um kigo (palavra da estação) e kireji (palavra de corte) e é aproximadamente cinco-sete-cinco onji. Bashô enfatizou a profundidade do conteúdo e a sinceridade do poeta como observado no poema, e não se importava muito com kigo e kireji, no entanto, ele usava ambos e promovia kisetsu (aspecto sazonal) em poesia; diversos de seus poemas tem ji-amari. Alguns poetas modernos do haicai tem abandonado a forma tradicional, kigo e kireji, afirmando que haicai tem uma essência mais profunda baseada em nossa resposta aos objetos e eventos de nossas vidas. Haicai é agora a palavra mais comum para escrever este gênero no Oeste, se referimo-nos a poemas em japonês ou qualquer outra adaptação ocidental. "(*)

"hibiki (eco) Em haikai-no-renga, um relacionamento entre duas estrofes cujas imagens parecem fortes na mesma maneira. "(*)

"hiraku (verso ordinário) Em renga, qualquer estrofe que não seja o hokku, waikiku, daisan ou ageku". (*)

"hokku (verso inicial) Originalmente, em renga, a primeira estrofe, que mais tarde se tornou um poema independente, agora geralmente chamado haiku no Japão, com hokku permanecendo com seu significado original. Por um tempo, hokku foi a palavra mais comum no inglês pelo que nós chamamos haiku. Veja haiku." (*)

"hosomi (delgadez) Em haikai-no-renga e haiku, empatia, algumas vezes beirando as idéias pateticamente falsas. "(*)

"hyakuin (cem versos) Uma renga de cem estrofes, o comprimento mais popular antes de Bash. "

"ichigyoshi (poema de uma coluna) Equivalente a “poema de uma linha” em inglês; um termo pejorativo usado por poetas tradicionais de haicai quando referindo-se ao haicai moderno em forma irregular. (Nota: bastante diferente da forma tradicional ji-amari)." (*)

"ji (fundo) Em renga, um termo para uma estrofe relativamente inexpressiva que serve como um fundo para aquelas mais expressivas (mon)."

"jik (estação, clima) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo fenômenos climáticos e sazonais, tais como “dia de primavera”, “calor protelado” (em outono) etc."

"jinji (relações humanas) Na lista de palavras sazonais, uma categoria alternada usada em algumas referências modernas, que inclui tanto gyoji como seikatsu."

"kaishi (papel de bolso) Folhas de papel usadas para escrever poemas, especialmente renga."

"kanshi (poema chinês) Poema em chinês clássico escrito por um japonês. "

"kaori (perfume, fragrância) Em haikai-no-renga, uma relação entre duas estrofes em que ambas evocam a mesma emoção usando diferentes imagens."

"karumi (leveza) Em haikai e haiku, a beleza de coisas ordinárias." (*)

kasen (gênio poético) Originalmente, um dos trinta e seis grande poetas da antiguidade; por isso a renga de trinta e seis estrofes, o comprimento preferido de Bash."

"katauta (poema à parte) Uma forma tradicional de verso da era Manyoshu, tipicamente em cinco-sete-sete onji. Veja sedoka. "

"kidai (tópico sazonal) Em tanka e haiku, um tópico sobre o qual um verso é composto. Pode ser um kigo específico ou algum evento sazonal ou uma combinação. Veja kisetsu. "(*)

kisetsu (estação, aspecto sazonal) As estações. Os aspectos sazonais do vocabulário (kigo) e o assunto (kidai) de tanka, renga e haicai tradicional; um sentimento profundo sobre a passagem do tempo, como conhecido via ou em objetos e eventos do ciclo sazonal (Veja aware)."

"kigo(palavra sazonal) O nome de uma planta, animal, condição climática ou outro objeto ou atividade tradicionalmente conectada com uma estação específica na poesia japonesa. "

"kireji (palavra de corte) Em hokku e haicai, uma palavra ou sufixo que indica uma pausa e geralmente vem no final de uma das divisões formais ou no final. Um kireji pode ser usado dentro da segunda unidade ritmica, quebrando o poema em cinco-três-quatro-cinco onji, por exemplo. Os dois tipos são verbos e sufixos adjetivos que podem terminar uma cláusula, e palavras curtas que marcam ênfase, um tipo de pontuação falada. Alguns comuns kireji:ka—ênfase; no final de uma frase, faz uma pergunta;kana—enfâse; geralmente no fim de um poema, indica a percepção do autor sobre o objeto, cena ou evento.-keri—sufixo verbo, (passado) tempo perfeito, exclamativo.-ramu ou-ran—sufixo verbo indicando probabilidade, tal como “pode ser que...”-shi—sufixo adjetivo; usado para terminar uma cláusula, corresponde a um adjetivo predicativo em inglês, como em mine takashi “o cume é alto”.-tsu—sufixo verbo. (presente) tempo perfeito.ya—ênfase; tem o efeito gramatical de um ponto e virgula, separando duas cláusulas independentes (não necessariamente completas gramaticalmente); dá um senso de suspensão, como uma elipse."

"kouta (canção curta) Canções populares, frequentemente em forma dodoitsu."

"kyka (poema louco) Poema comico em forma de tanka, frequentemente vulgar." (*)"maeku (verso prévio) Em renga, tsukeai e maekuzuke, a estrofe anterior, na qual uma outra deve ser adicionada; a primeira de um par de estrofes. "

"maekuzuke (juntando a um verso prévio) Um jogo baseado na renga, no qual um lado participante dá uma estrofe (maeku) para a qual um outro, adiciona uma estrofe a ser ligada (tsukeku); um par conectado resultando do jogo, um precursor do senry."

"mankuawase (coleção de versos miriades) Uma antologia de tsukeku selecionado e publicado como um resultado de um concurso de maekuzuke." (*)

"mon (padrão) Em renga, uma estrofe relativamente impressiva que se destaca entre as estrofes comuns. Veja ji."

"mono no aware (a conexão das coisas). Veja aware."

"mushin (sem coração) Da renga, frívolo, sem preocupação com o ideal clássico de beleza em assunto e dicção apropriados, mas destacando o humor e a linguagem não convencional. (Outros significados em outros contextos). Veja ushin."

"nagauta (poema longo) Veja chka."

"nioi (aroma, cheiro) Veja kaori. ""on (som) Em poesia, a menor unidade métrica, representada por um único caracter escrito. Abreviatura para onji. "

"onji (símbolo de som) Um caracter do silabário fonético japonês; portanto, um termo técnico para a menor unidade métrica da poesia japonesa—equivalente a mora na prosódia em latim (não simplesmente “uma sílaba”, como é geralmente traduzido)." (*)

"renga (poema ligado) Um poema de estrofes alternadas de nominalmente cinco-sete-cinco e sete-sete onji, geralmente composta por dois ou mais poetas, e desenvolvendo textura pela mudança entre diversos tópicos tradicionais sem progressão narrativa. A renga típica é composta de 36, 50, 100, 1000 ou mais estrofes. "

"rensaku (trabalho ligado) De sequências de haiku e tanka, um trabalho mais longo composto de haicai individual ou tanka que funciona como estrofes do todo, e não são independentes. Veja gunsaku. "

"rens (idéias ligadas) Em renga e haiku, a associação de imagens de uma estrofe a outra, ou dentro de um verso. "(*)

"renku (verso ligado) Originalmente, verso ligado em chinês; agora um termo moderno para renga, especialmente o haikai-no-renga de Bash e poetas posteriores."

"sabi (patina/solidão) Beleza com um senso de solidão no tempo, mais relacionado a, mas mais profundo do que nostalgia."

"sedka (repetir a cabeça do poema) Uma forma de verso tradicional com estrofes métricas idênticas, geralmente katauta, encontrada principalmente no Manyoshu. Algumas vezes compostas como perguntas e respostas por dois diferentes grupos, e assim um precursor de renga."

"seikatsu (vivência, vida) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo atividade humana, tal como lavoura, trabalho, brincadeira."

"senry (salgueiro do rio) Um poema humorístico ou satírico que trata sobre atividades humanas, geralmente escrito na mesma forma como haiku. Derivado do nome de um seletor popular de maekuzuke."

"shibumi (astringência) A beleza de imagens discretas, em vez de vibrantes. Clássico, em lugar de Romântico, com gosto. "

"shikishi (papel quadrado) Uma folha quadrada de papel pesado para escrita e pintura, frequentemente usado para um poema curto." (*)

"shinku (verso fechado) Em renga, uma relacionamento próximo entre duas estrofes em sequência. Veja soku."

"shiori (curvando, murchando) Em haikai e haiku, simpatia misturada com ambiguidade; refere a versos com imagens delicadas, quase patéticas. "

"shf (abreviatura para “estilo de Basho) Em haikai e haiku, no estilo refinado de Bash, em lugar dos estilos anteriores, menos trabalhados."

"shokubutsu (plantas) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo plantas, flores, árvores, frutas, etc.

"s"oku (verso distante) Em renga, um relacionamento distante entre duas estrofes em sequência. Veja shinku."

"sono mama (como é) Em haicai e haiku, apresentar algo ou um evento tal como é, sem exagêros ou emoções."

"tanka (poema curto) Um poema lírico com a forma típica cinco-sete-cinco-sete-sete onji (veja ji-amari). Em muitas maneiras equivalente ao soneto no Oeste, a tanka foi o primeiro gênero de poesia japonêsa dos tempos de Manyoshu até o século quatorze, e ainda floresce. Agora também chamada waka ou uta."

"tanrenga (poema curto ligado) Um têrmo moderno para uma tanka anciente composta por dois autores, formalmente chamado renga, para distinguí-la da renga mais longa de tempos posteriores."

"tanzaku (folha com tanka) Uma tira estreita de papel na qual uma tanka ou haiku pode ser escrito."

"tenmon (astronomia) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo fenômeno do céu, precipitação, etc."

"tsukeai (colocando junto) Em renga, a ligação de uma estrofe à outra, ou seja, um par de estrofes ligadas."

"tsukeku (verso adicionado) Em renga, tsukeai, e maekuzuke, o segundo de um par de estrofes ligadas."

"ukiyo (mundo flutuante) Originalmente, um termo budista indicando a natureza efêmera da vida; posteriormente, um nome para os quartéis de diversões de grandes cidades. "

"ushin (com coração) De renga, sincero, isto é, preocupado com a ideal clássico de beleza, empregando somente dicção clássica, etc. Veja mushin." "uta, ou -ka ou -ga em composições (canção, poema) Termo genérico para poesia tradicional em japonês, excluindo todas as formas de versos estrangeiros; agora uta é praticamente sinônimo de tanka." "uta-awase (competição de poema) Na tradição da velha corte japonêsa, o pretexto para uma festa, na qual os participantes compunham tanka sobre dai assignado. Os resultados eram julgados, e geralmente eram distribuídos prêmios. Mushin renga começou como um tipo de jogo para os participantes, uma vez que a seriedade do negócio de compor e julgar tanka terminou. "

"utsuri (reflexão) Em renga, um relacionamento entre estrofes na qual há um senso de movimento ou transferência entre elas; também pode haver alguma harmonia visual entre as imagens. "

""wabi (solidão, pobreza) Beleza com um senso de ceticismo; beleza austera.

"waka (poema japonês) Poesia tradicional em linguagem e estilo japonês, particularmente aquelas variedades encontradas em Manyoshu. Hoje, virtualmente sinônimo de tanka. "

"wakiku (verso à parte) Em renga, a segunda estrofe. "

"ygen (mistério) Elegância, mistério, profundidade. (Diversos volumes completos em japonê são dedicados a esta palavra, particularmente em relação ao no drama)."

Publicado por clevane pessoa de araújo lopes em 18/12/2006 às 22h13
Postado por HAIJIN às 10:03 "

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Lírios Possíveis, livro de Gabriel Bicalho, tem Telas Im-Possíveis de Deia Leal






Lírios Possíveis, livro de Gabriel Bicalho, tem Telas Im-Possíveis de Deia Leal


"O Presidente do Jornal Aldrava Cultural,Membro efetivo da Academia de Letras do Brasil-Mariana-MG, Cônsul Poetas del Mundo em Mariana, Gabriel Bicalho, lançará livro de poesia : Lírios Possíveis
Lista de fotos(enciados poe Andreia Donadon(Deia Leal):

Capa Lírios Possíveis




Gabriel Bicalho e J.B. Donadon-Leal



Gabriel Bicalho e Deia Leal



Gabriel Bicalho autografando Lírios Possíveis ao lado das telas confeccionadas para o livro





Gabriel Bicalho lançará seu novo livro de Poesias Aldravistas:


LÍRIOS POSSÍVEIS


Editora: Aldrava Letras e Artes - 2009
Diagramação: Editora Aldrava Letras e Artes


Ilustrações: Deia Leal




Dedicatórias
gabriel bicalho

Aos que plantam lírios,
ainda que chafurdados
nos atoleiros do nosso
excludente cotidiano.

:
A todos os irmãos-poetas,
que aprenderam a colher
lírios, apesar de toda a
lama, em sublimação.

{ Dedicatórias}

:

Aos prováveis leitores,
almas veras deste livro,
também, dedico todos
os lírios possíveis.




***


PREFÁCIO*


"Que é experimentar extremos? Que é desafiar limites? Que é garimpar lirismo em campo de guerra?
A poesia permite a experimentação de todos os extremos, desafios a todos os limites e passeio por terrenos inóspitos. A ideia extrema de poeticidade toma corpo na coleção de coleções poéticas que formam lírios possíveis. Trata-se da instabilidade desejável de noção de lirismo, um esvaziamento da doçura a caminho da plenitude da significação, cujas potencialidades de sentido são jogadas para a recepção do belo no feio. Os lírios possíveis são lirismos encontrados em terrenos inabitáveis. O que atribui poeticidade à palavra é o seu lugar, não a sua doçura. No verso, a sujeira, o sangue e a podridão tornam-se termos poéticos e, combinados no conjunto, soam suaves e se fazem capazes de arrancar lágrimas dos leitores.
Gabriel Bicalho transpõe em seus poemas aldravistas a versão mais completa da arte conceitual, em que os valores tradicionais da poeticidade caem por terra, tornam-se flocos de adubo e alimentam o canteiro onde brotam lirismo, onde antes a semeadura era impossível, metonimicamente, lírio a lírio. Aliás, lírio é metonímia e não corruptela de lirismo. Lírio é a parte possível do lirismo na brota impossível, flor sobre rocha, sobre asfalto, na baixeza da pornografia".


"... Vale a pena desarmar os espíritos e entrar de cara limpa nessa aventura de brincar, feito criança, pelos quintais dessa leitura de lírios possíveis, num desafio de esperança, em mais uma tentativa de reversão aos processos de degenerescência do sentido da humanidade, mesmo que:



" apenas o canto solitário

de um pássaro triste

perpasse minh'alma suavemente

como prenúncio de eterna despedida".

(fragmento de poema de Gabriel Bicalho)


Ainda, assim, vale a pena ter esperança de um mundo melhor.


(*J.B. Donadon-Leal - escritor, professor da UFOP, crítico literário e de artes plásticas, Doutor em Semiótica pela USP, Pós-doutor em Análise do Discurso pela UFMG e Presidente do Conselho Editorial da Editora Aldrava Letras e Artes)



Pedidos através dos e-mails:

gabicalho@terra.com.br


deiadonadon@yahoo.com.br


Preço: 20,00 (vinte reais)

*********
Um pouco sobre o autor:
Gabriel Bicalho, nome literário do poeta Gabriel José Bicalho, nascido em Santa Cruz do Escalvado, Estado de Minas Gerais em 14.01.1948. Foi fundador e diretor cultural do Jornal “CIMALHA” em 1997 e do folheto literário “4 ou mais poetas” também em 1997. Presidente da Associação Aldrava Letras e Artes. Membro da Academia Marianense de Letras e da Academia Barbacenense de Letras. Cônsul em Mariana de Poetas del Mundo. Delegado da União Brasileira de Trovadores - Sessão Mariana, MG e Vice-Governador do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais em Minas Gerais. Teve sua formação cultural na vizinha cidade de Ponte Nova, onde residiu por muitos e muitos anos, desde a infância. Como funcionário do Banco do Brasil, morou em diversos Municípios até radicar-se definitivamente na histórica cidade de Mariana – a Primaz de Minas. Colaborou em diversos órgãos da imprensa, inclusive no “Suplemento Literário de Minas Gerais”. Apareceu em livro pela primeira vez a antologia poética “Vôo Vetor”, da Editora do Escritor – SP em 1974, ano em que lançou seu primeiro livro individual de poesia “Criânsia”. Obteve prêmios ou menções especiais e honrosas em numerosos concursos, sobressaindo-se a Menção Especial de Poesia que a União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, conferiu a Criânsia, no Prêmio Fernando Chinaglia II em 1972. Participou de várias antologias poéticas e têm poemas publicados em obras didáticas, revistas culturais impressas e eletrônicas.. Premiado no Concurso nacional de poesia - Literatura para Todos - MEC/2006, com o livro de poesia aldravista “Caravela – redescobrimentos”, entre milhares de livros, foi o único poeta selecionado de Minas Gerais para fazer parte da coleção do Ministério da Educação “PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO”. “Sua poesia tem um caráter singular e especial – a de aproximar o leitor do mundo da poesia, às vezes falsamente considerado difícil, mas na verdade aberto a qualquer um que queira experimentar seus prazeres. Um livro com textos densos e instigantes para prender o leitor do começo ao fim e fazê-lo raciocinar sobre o que sente ao ler cada um dos poemas escritos com apaixonada inspiração”...(Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - Ministério da Educação). Autor também de Euge, poeta! (1984), Poemas in: Aldravismo -a literatura do sujeito (2002) apesar das nuvens (2004) e enquanto sol - senda 02 de nas sendas de Bashô (2005) e livro de poesia: Beiral antigo (setembro/2007).Gabriel Bicalho é grande incentivador de cultura em Minas Gerais , no país e estrangeiro. Promoveu, quando gerente da agência local do Banco do Brasil, exposições de artistas plásticos nas décadas e 80 e 90. Incentivou e incentiva novos talentos na poesia para divulgação de literatura e aprimoramento na arte de escrever. Criou jornais de divulgação literária em Mariana, dos quais se destaca o Jornal Aldrava Cultural que já está no seu oitavo ano de produção ininterrupta.De sua obra, vale destacar o livro Caravela – redescobrimentos, 2006, premiado no Primeiro Prêmio Literatura para Todos, do Ministério da Educação e traz poemas que velejam muito além da pós-modernidade. "É aldrávico esse Gabriel. Observador, sim, mas não só espectador. Aí ele traça a diferença que lança a aldrava na poesia. Bater, bater, bater, até que alguém venha abrir a porta do sentido que se deseja. Nada ensimesmado, nada autista, nada fora de contexto como os pós-modernistas de academia. O elitista “espectador atento” é chamado a sair da clausura ditada pelo imperialismo cultural das abraliques, das uebês, das academias, das congressites dos homens e mulheres de capa preta das ifes e ieés, para se popularizar, sem transformar-se em bunda, e dedicar-se a “ouvir o mar no marulhar ou ver o mar ao mar olhar”. (Donadon-Leal 2002). Por esse fato, o livro de Gabriel foi premiado para ser livro de alunos recém-alfabetizados.Embora sem pretender superar qualquer tendência, a superação desse autismo criado pelo endeusamento do sujeito pós-moderno, desinstitucionalizado para ser servido pelas instituições, é inevitável, e pode ser pensada na inconveniência de batidas insistentes das aldravas nas portas imperiais, que não se abrem para as cabeças interioranas, mas que, por não se abrirem, distanciam-se tanto do mundo em movimento, aldrávico, de batidas renitentes, de movimentos de corpos em rituais de acasalamento, que não há como dizer mais em revisitar o passado, como querem os umbertos, em parodiar ou ser interlocuções de minorias, ou ver somente o texto e o intertexto. O aldravismo é discursivo e interdiscursivo. O discurso da cartilha escolar dos anos 60, da insistência silábica da família “ra - ré - ri - ró - ru”, toma o discurso da incerteza do futuro do pretérito, para construir o discurso das possibilidades ramificadas, próprias do reconhecimento das vozes polifônicas dos discursos: “ramaria / remaria / rimaria / romaria / rumaria”, num conjunto de substantivados coletivos, ecos polifônicos das navegações dáblio-dáblio-dáblio. É a superação do texto. É a compreensão do mundo dos discursos como negação da pretensiosa idéia de interpretação. Gabriel não é só poeta, ele é craque na poesia. (Donadon-Leal-2002)










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Postado por PONTO ITINERANTE DE LEITURA COM OS POETAS DO JORNAL ALDRAVA CULTURAL no PONTO DE LEITURA ITINERANTE - POETAS DO JORNAL ALDRAVA CULTURAL em 6/18/2009 08:59:00 AM

Ao pretexto dos lírios possíveis e das telas im/possíveis...

Para Gabriel Bicalho e Andreia Donadon.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Aroma de lírios chega-me de Mariana
Amora de montanhas,
a embalar antúrio branco
num celofane irisado.
Cores feéricas brotam mágicas
das mãos con/sagradas
da artista singular.
Ode aos versos, ode aos minimais traços
mais advinhados que entretecidos na textura
Tessituras, tecituras,
pétalas de lírios ,acrílicos,
de/lírios doces, para acordar entranhas,
um homem franco, uma mulher sem manhas,
cores,palavras e flores entrelaçadas
em fitilhos de cetim
minimais nas aparências, grandes demais
nas intenções iantinas...

Belo Horizonte 18/06/2009
19/06/2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

Aroldo Pereira-Wagner Torres-Adão Ventura




ADÃO VENTURA,WAGNER TORRES E AROLDO PEREIRA

Wagner Torres, de braços abertos, Adão Ventura(in memoriam), jovem e Aroldo Pereira:grandes poetas da negtirude-e digo isso porque assim se colocam , mas são apenas isso:grandes poetas..

Prévia,da edição número 4 de "Estalo, a Revista", homenagem a poetas negros(*) -2004

Clevane Pessoa de Araújo Lopes


ADÃO VENTURA(in memoriam) (*)

"Estalo,a revista", de homenagear-te, mesmo in memoriam, cumpre destinação.Luiz Lyrio lembra que ia colocar-te em um dos números anteriores à tua morte,o que decerto foi adiado porque te julgávamos eterno.Como ícone, o és, decerto...Quando fomos,os poetas Wilmar Silva, Marina Silva Santos , Lyrio e eu, a Ribeirão das Neves,à sua academia, ainda chamada ANEL(hoje ANELCA:Academia Nevense de Letras, Ciência e Arte), a convite de seu presidente ,Mauro,Morais,para eu fazer uma palestra, era também dia de homenagear-te.Estava lá teu mano e ficamos a relembrar-te.Teus versos estavam escritos atrás de nós, num quadro.Nossa voz se fez tua voz, ao declamar-te.Estivemos impregnados de ti e eu lembrava quando lia tua verve, no Suplemento Literário do "Minas Gerais" e o último retrato que vi teu, a cores, impresso em Cantárida a linda coletânea que ganhei do editor Wagner Torres.

Adão, Adm,nome do primevo ser humano, morres cedo, com 58 anos,sais da prateada pupa, asas novinhas e coloridas- vives sempiterno, sempre terno, mesmo quando falas da cor da pele,e suas dores terrenas,se sabemos que

“TODO SANGUE É VERMELHO
TODA ALMA É QUALQUER COR,”

como digo num poemeto publicado na Comercial de Juiz de Fora, em minha página literária, nos Anos 60/70.Qualquer dia, irei ao meu baú de pau-d’angola e em encontrando o recorte, publicarei na íntegra.

Adão, vivente pleno, veio conhecer este mundo em Santo Antonio do Itambé, cidadezinha próxima a Serro. Mineirim, sim, conhecido, sim, destas bandas e pelo mundão a fora.Vaidoso,não:era um contentamento de sua representação de raça,a que neste número, homenageamos, de seu verbo ferido, grito.Tímido, abrindo a guarda para os mais chegados apenas.Assim rememoram-te os amigos.Tua obra é pluridirecionada, mas os cantos onde canta pela raça negra, são por certo, de maiores consonâncias e ecos:

Das Biografias — Um



em negro
teceram-me a pele.
enormes correntes
amarram-me ao tronco
de uma Nova África.

carrego comigo
a sombra de longos muros
tentando impedir
que meus pés
cheguem ao final
dos caminhos.

mas o meu sangue
está cada vez mais forte,
tão forte quanto as imensas pedras
que os meus avós carregaram
para edificar os palácios dos reis.
(Adão Ventura)

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Para um Negro



para um negro
a cor da pele
é uma sombra
muitas vezes mais forte
que um soco.

para um negro
a cor da pele
é uma faca
que atinge
muito mais em cheio
o coração.
(Adão Ventura)



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Wagner Torres


Veio de conhecer-me um certo Wagner, poeta e editor, dono da Plurarts.A memória não me traz o como.Sei que expressei-lhe meu desejo de editar e meus parcos recursos para tal.Após o Plano Collor, aqueles farrapos de mágoas e dinheiro a impedir a consumação dos sonhos.Ele foi firme.Editaria.Entregaria aos poucos,aos poucos eu pagaria.assim foi feito.lembro um dia em que ele precisava de grana, eu tinha e fazia um curso em sala do CRP.Pedi que lá fosse.Ele chegou com exemplares e levou um cheque.Sorteei uns volumes e os muito presentes se irritaram.Queriam que todos ganhassem.Toda vez que publicamos, alguém nos diz sorridente:”_Quero ganhar um , hem?”.Quase que se espantam de ter de pagar.No Brasil, escritor independente endivida-se para editar.É preciso que alguém nos compre, por certo...
Depois, o Wagner(que no prefácio de meu “Sombras Feitas de Luz”, disse-me um “ser de luz”-deixando-me acreditar ser uma espécie de "Clara nunes da poesia") e ainda escreveu que eu presenteava os leitores "com poemas que vêm povoados de sementes,unindo nossas idéias com a loucura dos lúcidos", referindo-se à minha poesia "Comunhão"),foi com Rogério e eu à PUC de Betim, onde os estudantes de Letras organizaram o “Poesia em Cores Vivas” e, na mesa, falamos de todos os primórdios de nossa trajetória, passando pela editora Fundo de Quintal, que marcou época e eles criaram junto a um grupo de sonhadores,Wagner ainda militando para editar autores vários, com especial carinho para poetas..
Mais tarde, participamos, Wagner e eu do momento chamado “Vestígios”, a nona “Semana de Comunicação” da PUC do Coração Eucarístico,aqui em Bh, onde falamos dos Anos de Chumbo, com pessoas dos Direitos Humanos e uma policial militar.À noite, nos reuníamos a um grupo de estudantes para fazer acontecer a Ophicina Desiderata, um projeto meu que desenvolvi com Wagner.Poesia & Psicologia,uma alegira estar com poetas jovens, interessados em nos conhecer.Fiz sonho dirigido, após colocar a turma em estado alma, ee após abrir comportas da alma, eles escreviam seus versos,sob nosso amoroso olhar.
Wagner edita todos os anos a coletânea do Psiu Poético,referente ao Salão Nacional de Poesia de mesmo nome, que o Aroldo Pereira organiza todos anos em Montes Claros, (o Guiness dirá que é o único evento contínuo, de Poesia,por quase vinte anos)...
Editou de sua autoria:SONHOS(83/84),”Quando a madrugada se desp em Poesia”(1987),”Papoulas Caboclas sobre Águas virgens”(1989).Em 1991, é o organizador de uma coleão que reúne autores mineiros(Antologia de Autores Mineiros-Categoria contos “FLOR DE VIDRO”, numa homenagem a Murilo Rubião(quase cinqüenta autores,entre os quais, Márcio Almeida,Elias José,Olavo Romano, Oswaldo França Júnior,Antonio Barreto, Branca de Paula, Jaime Prado Gouvêa,Luiz Vilela, Roberto Drummond, Wander pirolli, Maria de Lourdes reis, enfim , uma façanha!).”Signopse-A Poesia na Virada do Século” 1995-a na Virada do Século”,coletânea que reúne também grandes nomes, como o nosso saudos Adão Ventura e outros como o jornalista e e fotógrafo ,coordenador do Curso de jornalismo da PUC de Arcos,João Evangelista Rodrigues ,Aroldo Pereira,Márcio Almeida,Hugo Pontes.Segue dele,cujo estilo enxuto, remete do sintético à plenitude:

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FRUTO POÉTICO
Brotam na mente dos sábios
Um mergulho suave
Penetrante nos mares
Mais calmos

Sangram mel,
Na colméia do povo

A argamassa de meu pensamento
Faz exilar o mau da semente.
("in sonhos")


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E o conhecido(que faz alguns chorarem, quando declama –lhe os versos):
DEVANEIOS


Ousaram dizer
Que fomos libertos
Por uma lei áurea
Assinada por punho de ouro

Ousaram dizer
Que os devaneios
De uma carta magna
Vagam nos sertões, arraiais,
Favelas e presídios
De nossa era

Ousaram dizer:
Agora é nossa vez.

As veredas mapeiam
Solidão e inércia,
Mas ferem o coração
Nascente
Do acalanto
(In “Papoulas Caboclas Sobre Águas Virgens”)



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E agora, de Aroldo Pereira, amigo de poetas mil, que admiro sem conhecer:

“A poesia incomoda a muita gente.Inclusive aos que se arvoram de serem donos;tomarem posse,ou serem amantes obsessivos da dita-cuja.Ela é uma arte vã,e nisso está sua grandeza.Não quer dizer nada e por isso diz tudo.
Tá todo mundo se lixando pro poeta, mas ele pega os resíduos da humanidade e transforma tudo em um nada lindo.
Só umas pessoas malucas como um Ferreira Gulart, uma Adélia Pado,um Augusto de Campos,têm humildade, arrogância e criatividade o bastante para transformar merda em ouro”(...)
(In Vozes do Psiu Poético, volume II,2000, “final de século”-Editora Plurartes)



Aroldo gosta de metapoesia, de poesia social, de poesiapura:


Quero 1 verso
Q possibilite
q o salto
não seja
mais sedutor
q o poema

(Aroldo Pereira, in XV Vozes do Psiu Poético, “A Poética do Olhar”(*), Plurarts editora)

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Livros publicados:”Canto de Encantar Serpente”,Azul geral”,”Hai kai Quem Quer”,”Doces Pérolas Púrpura”,Amor Inventado”, “Cinema Bumerangue”, “Pangolivro”.Participa de poesias, é ex-vocalista de banda(“Ataque cardíaco”), nascido em Coração de JESUS, HÁ MUITO RADICADO EM Montes Claros, MG.Inventor e manutendor do encontro nacional “Psiu Poético”, claro.




FONTE: www.vaniadiniz.pro.br/clevane/adao_ventura.htm



(*) Acabo de pré lançar , em Mariana, MG (30 de maio/09 com doação para a ALB/Mariana) e em Belo Horizonte (14/06/2009), no Sementes de Poesia , MUNAP, meu livro escrito para esse Psiu Poético, em homenagem a Aroldo, tanto que o subtítulo de meu livro, Olhares , Teares, Saberes, é "A Poética do olhar".À ocasião, não foi publicado e agora, o é, e pretendo o levá-lo a Montes Claros, na edição deste ano.


Adão Ventura formou-se em Direito ,pela UFMG.

sábado, 13 de junho de 2009

-Sementes de Poesia-Olhares, Teares, Saberes- AClevane Pessoa Poética do Olhar






MUNAP-Sementes de Poesia-

Acima:banner do Sementes de Poesia, foto da Praça dos fundadores, com suas grandes cabeças, durante um Semente de Poesias e capa Olhares, Teares, Saberes.

Convite Pessoal para o domingo 14 de junho


Amigos:farei uma prévia de lançamento de meu livro de poemas, "Olhares Teares ,Saberes", com a apresentação de alguns deles, no SEMENTES de POESIA, do Museu Nacional da Poesia,MUNAP, dirigido por regina Mello.
Estarei autografando , doarei um para o acervo do MUNAP e sortearei alguns exemplares desse e de outros títulos.

Olhares, Teares, Saberes- A Poética do Olhar, foi escrito em 2001, para homenagear o Psiu Poético, de Montes Claros-MG, Brasil ,-que tinha essa epígrafe("A poética do Olhar")
e por isso, é uma homenagem a seu coordenador, Aroldo Pereira, que organiza o evento há mais de 20 (vinte anos )consecutivos.
Somente agora foi editado, pelo Poeta e editor Kiko Consulin, selo "Cultura Popular", São Luiz, Maranhão, de quem acabo de prefaciar seu magnífico "Ouroboros".

Exemplares foram levados, para doação ,dia 30 de maio, a Mariana, para a cerimônia de posse da ALB/Mariana e
estarão no Psiu Popético deste ano.

Todavia, o lançamento prévio,a convite de Regina Mello, Diretora do MUNAP, no Sementes de Poesia, é minha forma de homenagear esse
encontro domingueiro, que além de ter um público cativo, desde seu início, acolhe os passantes e frequentadores do parque e Poetas que chegam.Para este domingo, virá, de Varginha Sul de Minas, o editor (Edit.ALBA), Poeta e o novel Embaixador da Paz (do Cercle de Les Ambassadeurs de La
Paix) ,Aníbal Albuquerque.
Regina Mello também foi recém nomeada Embaixadora da paz .Somos um grupo de pessoas que pensam a PAz para traduzir o bem estar comum.
também contaremos com a presença do porfessor e artista plástico Severino Iabá, que com Eliane Velozo, coodenam o Boi Rosadoe o Poeta Dovvani Mendonça, autor do projeto Pão e Poesia, prometeu fazer o possível para estar presente.

Aguardo a todos, sem dúvida sua presença enriquecerá mais um Sementes de Poesia-e alegrará o meu dia, no lançamento de mais um "filho" que dou ao Mundo.

Horário :10h ao meio dia

Parque Municipal Américo Renê Gianetti.
Praça dos Fundadores

Belo Horizonte, MG.

Conto com sua presença

Clevane Pessoa
Diretora Regional do InBrasci, Representante do MC aBrace ,Vice Presidente do IMEL e Embaixadora Universal da Paz.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS E AFINS DO RN ANIVERSÁRIO




"SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS E AFINS DO RN – SPVA/RN TEM A SATISFAÇÃO DE CONVIDAR VOSSA SENHORIA PARA COMEMORAÇÃO POÉTICA-MUSICAL DO SEU 12° ANIVERSÁRIO."

DATA: 13 de Junho de 2009.
LOCAL: FUNCARTE – Fundação Cultural Capitania das Artes. Av. Câmara Cascudo – 434° Cidade Alta – Natal/RN.
HORÁRIO: 17:00 h

www.spvarn-culturageral.blogspot.com / spva_rn@hotmail.com

Neidinha (Flauzineide de Moura Machado)


Nossos calorosos e coloridos parabéns aos Poetas e Afins da APVARN, nosso estado natal...como escreveu Cecília Meirelles>que em "sendo a terra redonda/um dia nos encontraremos" e os agradecimentos a Flausineide Moura , por partilhar essa notícia.
Visitem seu blog:

http://divulgadoraliterocultural.blogspot.com/

E leiam esse poema maternal para sua filha adolescente:

Flauzineide de Moura Machado


AINDA MENINA

Ela se olha no espelho,
A apreciar a natureza
De ser bela sem saber,
Sem querer.
Em sua simplicidade,
Não sabe que é formosa,
Faz o poeta fazer prosa
Dos seus traços a criar...
Bela menina, charmosa,
Quase mulher,
Do poeta a inspiração,
Tema para uma canção.
Obra de arte digna
De se admirar.
( Poema para minha filha caçula )



Divulgação:
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Diretora Regional do inBRasCi

XXXII CONCURSO LITERÁRIO E ARTÍSTICO “CIDADE DE SÃO LUÍS”



O jornalista Joel Jacinto Lopes, com quem trabalhei na capital maranhense, nos Anos 80, manda-me o regulamento do XXXII CONCURSO LITERÁRIO E ARTÍSTICO “CIDADE DE SÃO LUÍS” , que existe há nada menos que 54 anos, sendo, portanto, tradicional e que revelou grandes nomes literários ao longo dos tempos(o próprio regulamento cita alguns:Nauro Machado, Ferreira Gullar, Bandeira Tribuzzi, Osvaldino Marques, Viriato Gaspar, Manoel Lopes, José Chagas e José Maria.

Adorei a experiência de ali morar, na ilha do Amor, capital poética, lírica,sui generis, onde Daniel de la Touche, Senhor de la Ravardière, faria aqui, no Brasil, a "França Equinocial".Conhecida por Cidade dos Azulejos, e mesmo Haiti Brasileiro, Jamaica brasileira, dada a cultura do reggae- com o qual tropeçamos, ou melhor dizendo, nos encontramos no lindo centro histórico, onde a Arte expolode nos vetustos e lindos sobrados, azulejados...Os navios iam para a franlça , carregados de sal-e retornavam cheios de azulejos:o lastro.Peso necessário a que não afundassem...
A festa da azulejaria encantava-me.Lembro da emoção de olhar para cima, mal cheguei, e contemplar, sob a luz intensa do sol perene, das ponteiras de porcelana de um Banco que se instalara, na Praça, em casa colonial.Um arquiteto cuja esposa era artesã, desenhou para mim miniaturas desses azulejos azuis e eu os usava na forma de
porta-copos.Meu consultório lá, ficava na Rua do Alecrim , no Palácio dos esperotres, para inde eu caminhava de casa, atingindo a Rua do Sol...Às vezes, desciava-me para passar na Praça da Alegria e comporar flores "chegadas de Minas', diziam os floristas...E muito me diverti comprando , dos artesãos, azulejos onde os nomes antigos das ruas-que a população não abandona , em detrimentos dos novos,de políticos e renomados-:Ladeira do Quebra Bunda , Largo dos Enforcados, Rua da inveja lembro-me ...
Saborosas as lendas urbanas, qual a de Ana Jansen (D.Ana Joaquina Jansen Pereira), a passar com sua carruagem , pelas noites, uma senhora rica e perversa que maltratava escravos, a assustar os moradores...A carruagem fantasma é vista pelos boêmios, pelos poetas da ilha, em desabalada carreira.Muitas vezes ouvi, no consultório, a narrativa dessa visagem...A grande cobra que circunda a ilha,a dormir , que um dia se acordará e então -um oroboros cujo atavismo remonta aos primórdios da humanidade, nas antigas civilizações.Essa serpente em anel, a morder a própria cauda,dorme, as escamas camufladas nas águas limosas... os caminhos subterrâneos a partir da fonte, por onde fugiriam escravos e prisioneiros....
Nossa Senhora (depois celebrada com N.Sra da Vitória, a padroeira) foi vista em batalha(*).O Poeta Humberto de Campos narra num soneto,:

"O Milagre de Guaxenduba

Minha terra natal, em Guaxenduba;
Na trincheira, em que o luso ainda trabalha,
A artilharia, e os franceses derruba,
Por três bocas letais pragueja e ralha.

O leão de França, arregaçando a juba,
Saltou. E o luso, com tigre, o atalha..
Troveja a boca do arcabuz, e a tuba
Do índio corta o clamor e o medo espalha.


Foi então que se viu, sagrando a guerra,
Nossa Senhora, com o menino ao colo,
Surgir, lutando pela minha terra.

Foi lhe vista na mão a espada em brilho...
(Pátria e se a virgem quis assim teu solo,
Que por ti não fará quem for teu filho?)"

Essa bela terra das juçareiras-a juçara é a espécie de plameira de onde se extrai um "vinho",similar ao da açaizeira e que os nativos tomam com camarão seco, abriga um povo muito agradável, um tantinho diferentem, porque tem no sangue , os indpigenas, os franceses, os poetugueses e os negros.A cor resultante é linda, embora hoje haja outras misturas mais- não é à toa que a cantora Alcione é chamada "A Marrom".O povo é alegre, fraternal, risonho, dançante.Por essa épica junina, os bois disputam espaços e atenção:o boi de matraca, o boi de Axixá...Em junho, as domésticas desapareciam: iam para seus lugares de origem , para ajudarem famílias e amigos no folguedos de sua cidade.No original Programa da Criança e do Adolescente, quando trabalhávamos da Unidade Materno Infantil do ex- INAMPS,fizemos uma recreação para os pequenos internados e, num junho, fizemos um "casamento na roça' e levamos um boi para dançar, dentro do Hospital.Era um boi infantil, de uma escola -o que mostra que desde pequenas, as crianças levam a sério a tradição.Muitas fitas e veludo, chapéus enormes, apesar do intenso calor maranhense, fazem desse um dos belos folguedos juninos brasileiros do Norte ou do nordeste.Aliás, S.Luiz, extremo Estado nordestino, tem várias características nortistas.

Depois, escanearei fotos que trouxe de lá e postarei aqui.Guardo caras lembranças desse lugar encantador.

Clevane pessoa de araújo lopes

Diretora regional do InBrasCi
Vice Presidente do IMEL.


(*)"Conta-se que no principal e decisivo confronto entre portugueses e franceses, travado a 19 de novembro de 1614, diante do Forte de Santa Maria de Guaxenduba, já se tornava evidente a derrota dos lusitanos, por sua inferioridade numérica em homens, arma e munições.

Apesar de lutarem, iam-se arrefecendo os ânimos dos soldados de Jerônimo de Albuquerque e eis que surde, entre eles, uma formosa mulher em auréola resplandecente. Ao contato de suas mãos milagrosas, transforma-se a areia em pólvora e os seixos em projéteis. Revigorados moralmente e providos das munições que lhes estavam faltando, os portugueses impõem severa derrota aos invasores, a cujos os sobreviventes só restou o recurso da rendição.

Fonte:http://www.amazoniamaranhense.com.br/lendas

Em memória deste feito, foi a Virgem aclamada padroeira da cidade de São Luís do Maranhão, sobre a invocação de Nossa Senhora da Vitória."





FUNC ABRE INSCRIÇÕES PARA XXXII CONCURSO LITERÁRIO E ARTÍSTICO “CIDADE DE SÃO LUÍS”

A Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura (FUNC) e sua Coordenação de Eventos Comunitários, objetivando descobrir, divulgar e premiar valores artísticos e culturais do Maranhão abrirá inscrições no período de 22 de junho a 17 de julho de 2009, para o XXXII Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”.

O Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís” é de caráter competitivo e classificatório, aberto a seis gêneros artísticos e literários de obras em língua portuguesa e inéditas (exceção para os trabalhos de jornalismo), de autores maranhenses ou comprovadamente radicados a pelo menos um ano no Estado.

Este ano terá as seguintes categorias, assim distribuídos: 1)Prêmio Aluízio Azevedo: para obra de ficção, compreendendo novelas e romances; 2)Prêmio Antonio Lopes: para obra de erudição; 3) Prêmio Sousândrade: para livro de poesia; 4) Prêmio Zaque Pedro: para pintura e escultura; 5) Prêmio Inácio Cunha: para música; 6) Prêmio para jornalismo.

As inscrições serão feitas na FUNC (Rua Isaac Martins, nº 141, Fonte do Ribeirão – Centro), em sua Coordenação de Eventos, de segunda a quinta das 14hs às 19hs, e sexta das 9h às 13h, mediante entrega dos trabalhos com o devido preenchimento da ficha de inscrição, conforme as regras do regulamento.

O Concurso terá uma comissão julgadora composta por membros de reconhecida competência intelectual e artística para julgamento das obras. A Comissão terá no máximo 45 dias para o julgamento das obras de literatura, a partir do término do período de inscrições. Na premiação haverá a concessão de troféus, de acordo com suas categorias.

UM POUCO DE HISTÓRIA - O Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, que em setembro de 2009 completará 54 anos de existência, distingue-se por premiar obras inéditas, e ganha crescente importância como o mais antigo concurso literário do Maranhão. Tanto mais antigo quanto mais prestigiado certame de estímulo à produção cultural no Maranhão, o Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís” foi criado pela Lei n.º 560, de três de setembro de 1955, pelo então prefeito José de Ribamar Waquim. Nomes como Nauro Machado, Ferreira Gullar, Bandeira Tribuzzi, Osvaldino Marques, Viriato Gaspar, Manoel Lopes, José Chagas e José Maria Nascimento, entre outros, integram a galeria de vencedores do concurso. Vale ressaltar que o primeiro livro de Nauro Machado data de 1958 – Campo de Base –, o que evidencia a vitalidade do Concurso “Cidade de São Luís”.

PAUTA:
KAROLINA SOPAS - 9963-9385






REGULAMENTO DO CONCURSO LITERÁRIO E ARTÍSTICO “CIDADE DE SÃO LUÍS”

A Prefeitura de São Luís, através da Fundação Municipal de Cultura – FUNC, e sua Assessoria Técnica, objetivando descobrir, divulgar e premiar valores artísticos e culturais do Maranhão abrirá inscrições no período de 22 de junho a 17 de julho de 2009 para o XXXII Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, cujas normas encontram-se neste Regulamento.

1 – DOS PARTICIPANTES: O Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís” é de caráter competitivo e classificatório, aberto a 6 (seis) gêneros artísticos e literários de obras em língua portuguesa e inéditas (exceção para os trabalhos de jornalismo), de autores maranhenses ou comprovadamente radicados a pelo menos 1 ano no Estado.

2 – DAS CATEGORIAS: O Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís” terá as seguintes categorias e prêmios, assim distribuídos:
2.1 – Prêmio Aluízio Azevedo: para obra de ficção, compreendendo novelas, romances, contos, peça teatral e literatura infantil;
2.2 – Prêmio Antonio Lopes: para obra de erudição, compreendendo crítica literária e pesquisa folclórica;
2.3 – Prêmio Sousândrade: para livro de poesia;
2.4 – Prêmio Zaque Pedro: para pintura e escultura;
2.5 – Prêmio Inácio Cunha: para pesquisa na área musical, que resgate a memória de artistas maranhenses.
2.6 – Prêmio para jornalismo: para trabalhos comprovadamente apresentados em qualquer setor das atividades jornalísticas.

3 – DAS CONDIÇÕES
3.1 – Não poderão participar do Concurso membros da Comissão Julgadora e funcionários da FUNC e de órgãos a ela ligados.
3.2 – ÁREA DE LITERATURA
3.2.1 – As obras inscritas no concurso deverão se apresentar encadernadas, encapadas, em folha de papel A4, com máximo 200 (duzentas) laudas, sem identificação do autor (apenas pseudônimo).
3.2.2 – Caso haja qualquer ilustração, a cópia deverá ser anexada aos originais da obra no ato da inscrição.
3.2.3 – A cada categoria inscrita, o concorrente deverá apresentar 3 (três) vias de cada obra.
3.2.4 – O concorrente deverá anexar a cada obra inscrita um envelope pequeno lacrado contendo na parte externa o nome da obra, a categoria e o pseudônimo do autor. Na parte interna o nome da obra e os dados pessoais do autor (nome, endereço, telefone, RG e CPF) para identificação após julgamento.
3.3 – ÁREA DE JORNALISMO
3.3.1 – Os trabalhos inscritos deverão ser sobre a temática “São Luís Capital Brasileira da Cultura” e ter sido comprovadamente apresentados em qualquer setor das atividades jornalísticas até a data de encerramento do período de inscrições.
3.3.2 – Cada obra deverá ser organizada de acordo com as regras contidas no sub-item 3.2.1 do item 3 deste regulamento, podendo ser ou não acompanhada de material fotográfico.
3.4 – ÁREA DE ARTES PLÁSTICAS
3.4.1 – As obras serão inscritas, devidamente identificadas (modalidade, pseudônimo, título, data, técnica, dimensões da obra).
3.4.2 – As obras não poderão ser retiradas antes da proclamação do resultado.
3.5 – ÁREA DE MÚSICA
3.5.1 – Serão considerados as obras de pesquisa na área musical, que resgatem a memória de artistas maranhenses.
3.5.2 - Cada obra deverá ser organizada de acordo com as regras contidas no sub-item 3.2.1 do item 3 deste regulamento, podendo ser ou não acompanhada de material fotográfico.

4 – DAS INSCRIÇÕES
4.1 – As inscrições terão início no dia 22 de junho de 2009 e encerrarão no dia 17 de Julho de 2009
4.2 – As inscrições serão feitas na Fundação Municipal de Cultura, na Coordenação de Eventos Comunitários, situada à rua Isaac Martins, nº 141, Centro, em frente à Fonte do Ribeirão, no horário de 14hs às 19hs de segunda a quinta-feira e das 8:30 às 14hs na sexta-feira, mediante entrega dos trabalhos com o devido preenchimento da ficha de inscrição, conforme as regras deste regulamento.
4.3 – A entrega das peças dos candidatos concorrentes à categoria Artes Plásticas deverá ser feita à rua do Ribeirão, nº 385, na Galeria Zaque Pedro, no período de 1º a 15 de Julho de 2009.
4.4 – As inscrições feitas por terceiros só poderão ser realizadas mediante procuração do autor registrada em cartório.

5 – DA SELEÇÃO
5.1 – O Concurso terá uma comissão julgadora composta por membros de reconhecida competência intelectual e artística para julgamento das obras.
5.2 – A comissão obedecerá aos critérios estabelecidos anteriormente pela Fundação Municipal de Cultura para julgamento das obras.
5.3 – É de competência da Fundação Municipal de Cultura indicar os candidatos a membros da Comissão Julgadora.
5.4 – A Comissão terá no máximo 45 (quarenta e cinco) dias para o julgamento das obras, a partir do término do período de inscrições.

6 – DA PREMIAÇÃO
6.1 – O concurso terá como premiação a concessão de troféus e um prêmio para cada categoria no valor de 3 (três) mil reais e publicação das obras contempladas pelos prêmios Aluízio Azevedo, Antonio Lopes, Sousândrade e Inácio Cunha.
6.2 – A Comissão Julgadora poderá ainda conceder menção honrosa aos estilos literários que não forem contemplados dentro de suas categorias, podendo resultar na publicação destes, caso julgue procedente.

7 – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
7.1 – Feito julgamento e proclamados os vencedores, os prêmios serão entregues em data a ser definida pela Coordenação de Eventos Comunitários – FUNC, com divulgação na imprensa local.
7.2 – Todos os trabalhos premiados pertencerão ao arquivo da Fundação Municipal de Cultura – FUNC, sendo tombados pelo setor competente da Instituição, o que não impede o uso da obra para reproduções por parte do autor.
7.3 – A inscrição do candidato implicará na aceitação plena do presente regulamento.
7.4 – O prazo máximo para a devolução dos trabalhos de literatura não classificados é de 30 (trinta) dias a partir da divulgação do resultado bem como da entrega dos certificados é de 40 (quarenta) dias a partir da data da premiação. Para os trabalhos da área de artes plásticas, o prazo para devolução será de 30 (trinta) dias após o encerramento da premiação. Após esse prazo, a peça passará a fazer parte do acervo da Fundação Municipal de Cultura – FUNC.
7.5 – As despesas para aplicação deste regulamento ocorrerão por conta de verba própria consignada no orçamento da Fundação Municipal de Cultura – FUNC.
7.6 – O Concurso terá uma Coordenação designada pelo Presidente da Fundação Municipal de Cultura e constituída por técnicos da Fundação.
7.7 – A Fundação Municipal de Cultura reserva-se do direito de não realizar o julgamento e, conseqüentemente, a premiação das categorias que apresentarem número de inscrições inferior a cinco.

terça-feira, 9 de junho de 2009

LÁZARO BARRETO REAGE À MINHA POESIA



Endereços eletrônicos lotados, começo a tentar apagar armazenagens.
Encontro uma fieira de e-mails entre Lázaro Barreto ,grande escritor mineiro e eu .E umas falas sobre ele.É um velho e querido amigo.


"Clevane, Clevane, você fez o serviço completo. Como é que ainda pode existir na literatura brasileira alguém como você? Você é demais emsi mesma e em nós outros. Que Deus abençoe-a sempre, com o talento intelectual e a bondade sentimental. Abraços! Lázaro."


30/05/2007 10h14
LÁZARO BARRETO REAGE À MINHA POESIA e eu, sempre à dele, há mais de quarenta anos...


Foto:o grande autor mineiro Lázaro Barreto.

Chega-me, através de Delasnieve Daspet, que recebeu de Célia Lamounier, uma lista onde o poeta de Divinópolis (mas também contista e muito mais), LÁZARO BARRETO,coloca nomes de mulheres Poetas ("poetisa", digo-me, murano de muitas cores sim, mas quebrável).

Por minha vez, envio para Leila Miccolis,Terezinha (Alves)Pereira, pois pode ser a escritora de Pará de Minas, Yeda Prates Bernes.Delasnieve, com sua presteza habitual já acusou recebimento.Acredito que deopressa as emais, de quem não tenho o e-mail, receberão.

O poeta, ao ler meus versos, reage com a delicadeza e a humildade costumeira, mas ternamente.




Enviado por gmail.com :

"Meu querido amigo;

Bom dia, Bom dia!

Considerações;
1)Nada a agradecer, vc a fonte.

2)O verbo AGUARDADENTAR, donde o adjetivo "aguardardente" (aguardar ardente, com calor de aguardente), foi plasmado de forma especular, à imagem de seu coração ,Poeta!

3)"Clevanices de digitação em roxo".

4)Seu texto inicial, foi proposital/mente repetido após a lista de mulheres.


4)Abraço cordifraternal, fratello...


Clevane"




Em 30/05/07, Lazaro Barreto escreveu:

Oh meu Deus do céu, que homenagem mais tocante, enternecedora e imerecida! Só você mesma, Clevane, com sua infinita bondade, repleta de flores carinhosas. Que Deus lhe recompense pelo que faz por seus seus semelhantes, entre os quais tenho a honra de figurar. Mil abraços de agradecimentos! Lázaro.


Frugal Fruição.


Para Lázaro Barreto, clevanices.

Nos Anos Sessenta,
quando eu militava
na Imprensa de Juiz de Fora,
troquei cartas com este senhor
de olhar alado, moço então,
que cultivou uma "Árvore no Telhado"(*).
Não eram cartas de amor,
eram cartas de Verbo escravizado:
a serviço da poesia.

Agora, no seu formoso por-de -sol,
aguardardente a aurora de/florada,
impressionado com a sensualidade
e o erotismo declarado
das mulheres agora.

Homem de ágora,
de saborear a amora
do verbo,
o morango do versos.
o rango em prato de prata.

E dedilha liras super-éróticas,
super-herói de paredes escaladas
e selvas ignoradas.

Lázaro Barreto,barro de fundo,
rio que em cima passa,
compassado no verso
inversos, diversos, ao reverso
do cotidiano banal.

Ora zal Oterrab:
perfeito estrangeiro
em terras comuns,
é nativo em terras imaginárias
e povoou mil ventres de virgens
e mulheres experientes,
com o sêmen do sonho
e o gérmen dos sons.
Soprou rimas em recônditos,
fez chover em cavernas,
aplainou outeiros,
fez florescer canteriros,
cavalgou escravas e sinha/zinhas .
Tocou a flauta de pã.

Tudo isso
em Poesia e Prosa conjugadas:
onde uma se inicia,
a outra não finda.

Unicórnio de galáxias,
peixe de mares abissais.

Faz um rol de mulheres
que então não serão as mesmas,
jamais.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte, Minas Gerais, depois de ler a lista con/sagrada e ver meu nome nessa companhia,eu campânula de vidro.Em 29/05/2007.Num vaso , flores-de-seda ou de maio, derramam-se d'um vaso simples, femininas.

(*) Nome de livro de Lázaro Barreto, poeta de Divinópolis,onde também frutifica Adélia Prado.








AS MULHERES, SEUS VERSOS

Lázaro Barreto - MG


A vontade cria o impossível

e depois chora aos pés dele.

enquanto vemos onde está a perfeição

vemos

a inexistência dos caminhos para alcançá-la.

A harmonia noturna (até parece uma lição de Jung)

refere-se à interação dos opostos na pugna diurna.

Até mesmo a burrice tem o seu encanto, e a ruindade

o seu mistério.

A sujeira vermelha dos lábios tão puros

Os seios de mel do pensamento:

a mulher!,

o florilégio dos eventos multidimensionais:



Ana Cristina César, entre os complementos

o gato era um dia imaginado nas palavras.



Dora Tavares, uma tenda

para instalar suas maneiras.



Heloisa Maranhão, as moradias séptimas

esta velha é um pássaro.



Henriqueta Lisboa, ave poesia

duas gotas de orvalho num bemol.



Lacyr Schettino, oh flor obsessiva

foi sem antes, e deslembrada.



Laís Corrêa de Araújo, luz de uma água

sabes da vida a mansa cor?



Lara de Lemos, adaga lavrada

retomo-te em meus dentes e prossigo.



Leonor Vieira-Motta, tudo de bom!

melhor ainda fazer das pessoas poemas.



Lélia Coelho Frota, alados idílios

entre as duas transidas luas.



Maria Esther Maciel, a sina de mulher

e te senti no além de meu desejo.



Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti

os azuis se abraçam nos horizontes.



Maria Tereza Horta, as nossas madrugadas

e possuíres de mim o que não sabes.



Renata Pallotini, de cavaquinho a guitarra

envelhecias, forma empedernida.



Olga Savary, a noite dessa tarde

solidão, então me invento.



Regina Célia Colônia, sonha que o sol

de fora é o de dentro.



Terezinha Alves Pereira, persiana de flores

meu senhor de olhar de espumas.



Hilda Hilst, pensei subidas onde

não havia rastros.



Yeda Prates Bernis,

na carta guardada sempre murmura o silêncio.



Stela Leonardos

e nas veias vivos veios.



Clevane Pessoa, miríades de bolhas mínimas,

pomares de frutos ignotos.



Adriana Versiani, um dia

a alma distorcida dos espelhos.



Luciana Tonelli,

especializar em ver olhares.



Leila Miccolis, o amor que dura pouco, por toda vida

Sou da floresta o mistério a clareira.



Astrid Cabral, no preamar do meu sonho

Quando eu dizia amor um oceano desatava.



Adélia Prado,

as fainas da viuvez trabalham uma horta nova.



Ana Caetano,

a textura do deserto da palavra eu.



Célia Lamounier de Araújo,

as Sirgas e Organsins e o

resvalar seu medo na cisterna dos sonhos.



Maza de Palermo,

na pousada dos tropeiros

o tempo comeu as virgens e os joelhos das beatas.



Araci Barreto,

a liberdade além das estrelas,

bem longe, além dos horizontes.



Marly de Oliveira,

falar de amor não é apenas

atravessar algum deserto.



Helena Ortiz,

vem das abelhas às vezes

essas vozes vespas?



Delasnieve Daspet:

de que há tempo de caminhar perto

de que há tempo de caminhar longe.



.............................. lvrbarreto@gmail.com .....................................







AS MULHERES, SEUS VERSOS

Lázaro Barreto - MG


A vontade cria o impossível

e depois chora aos pés dele.

enquanto vemos onde está a perfeição

vemos

a inexistência dos caminhos para alcançá-la.

A harmonia noturna

(até parece uma lição de Jung)

refere-se à interação dos opostos na pugna diurna.

Até mesmo a burrice tem o seu encanto, e a ruindade o seu mistério.

A sujeira vermelha dos lábios tão puros

Os seios de mel do pensamento:

a mulher!,

o florilégio dos eventos multidimensionais:


Publicado por clevane pessoa de araújo lopes em 29/05/2007 às 22h14

http://www.clevanepesoa.net/blog.php

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>> ÍNDICE


Crie o seu próprio Site do Escritor no Recanto das Letras


***

Conheça mais de Lázaro Barreto, em:

http://www.blocosonline.com.br/editora_blocos/2006/sacpoevidig/02memorias/antologiavirtual/lbarreto01.php


LÁZARO BARRETO - Lázaro Valentim dos Reis Barreto natural em Marilândia, Município de Itapecerica.


Capricorniano,a 06/01/1934, filho de José Valentim Barreto e de Isolina Gonçalves Guimarães.

Morou na capital mineira.Rside desde 1966 em Divinópolis,a cidade de Adélia Prado.

Inês Belém Barreto é sua esposa,Ana Paula e Paulo Henrique,os filhos.

Em Divinópolis ,levou intensa vida literária.é um dos fundadores dos jornais literários AGORA e DIADORIM.

Pela Editora Vozes,nos Anos 69,com Adélia Prado, publicou "Lapinha de Jesus" ,auto natalino,um livro lindo, em papel couché,luxo para a época, pois o Brasil vinha de fase tão forte de crise de papel, que , durante um bom tempo, eu que fazia crítica literária para a Gazeta Comercial, em Juiz de fora, recebi muitos exemplares sem as costumeiras "orelhas".

Lázaro Barreto já publicou oito livros e também comparece a várias seleções em antologias,jiornais, sites,revistas...
.

Escritor prolífero, possui, ainda inéditos mais de vinte livros, de romances (oito) a contos (dois),Poesias,peças teatrais(cinco).A pequisa sociológica o atrai muito, tem mais de quatro livros também a publicar e noutro dia confidenciava-me seu olhar sobre algo que o espanta e maravilha;o erotismo da mulher que escreve, para ele diferente do masculino , e comentou alguns dos meus poemas.


A Fortuna crítica desse autor é numerosa,e sobre ele já se fez pelo menos, três estudos críticos. Maurício Faria,sobre sua estilística, escreveu sua tese de Mestrado na UFMG.

Nos meus tempos de Gazeta Comercial, discorríamos por carta (não havia Internet àquela época!)sobre temas variados e textos seus - já escrevi aqui no blog sobre isso - foram apresentados por mim , em muitos cursos e workshops, em especial o belíssimo "Querida", com o qual eu instigava profissionais sobre o adolescer...

Clevane

E agora, no penúltimo dia de maio, mostro essa a/mostra:


PERDOE A INCONFIDÊNCIA

Em maio o sol reparte rações de rosa
desfolha a pirâmide
oferece a goiaba madura, dourada e vermelha
que tu és
do primeiro ao último carinho.

(depois,
quando ela tirou a roupa...
foi isso mesmo que ela fez?
perdão se não sei dizer algo melhor).
Depois
entoamos a mesma canção
numa clave de lua, noutra de sol
(na voragem, na vertigem).
Depois
tu choravas, sem saber
se me acudias – e eu morria
e tu choravas (sentia câimbras?)
sem saber se me matava
ou se morria.

(Lázaro Barreto)

______________________________________________


SERVIÇO:
Site
http://lazarobarreto.blogspot.com

Contatos: lvrb@ig.com.br

E ainda:


Página individual de poesia em Blocos Online
Página individual de prosa em Blocos Online

http://www.blocosonline.com.br/editora_blocos/2006/sacpoevidig/02memorias/antologiavirtual/lbarreto01.php


Publicado por clevane pessoa de araújo lopes em 30/05/2007 às 10h14

sábado, 6 de junho de 2009

Festival Della poesia, 11-21 giugno, Genova.



Imagem:Gênova
FESTIVAL DE POESIA EM JUNHO-GÊNOVA


"all’estero.

La quindicesima edizione avrà luogo a Genova dall’11 al 21 giugno nel Cortile Maggiore di Palazzo Ducale e in altri suggestivi luoghi di uno dei centri storici più grandi e caratteristici d’Europa, con oltre 80 eventi tra letture, concerti, performance, conferenze, visite guidate.

Tra gli ospiti di quest’anno Vinicio Capossela e Cinasky (15 giugno) con il loro spettacolo mr pall incontra mr mall, John Giorno (16 giugno), esponente di quella generazione di poeti americani tra beat generation e pop art; il performer tedesco Blixa Bargeld (17 giugno), già cantante degli Einstürzende Neubauten [ in una video-intervista di 25 minuti, qui su Indie-eye.it ] e chitarrista di Nick Cave; i Bachi Da Pietra (14 giugno) che presenteranno il loro ultimo lavoro ‘Tarlo Terzo’; i Massimo Volume (16 giugno) con La Caduta Della Casa Degli Usher, Elio (18 giugno) in versione poeta e fine dicitore; lo spettacolo “Quelli che bruciano la frontiera” con il gruppo DOUNIA e Moncef Ghachem (18 gugno), la poetessa e giornalista libanese Joumana Haddad.

Molte le iniziative collaterali durante il Festival: la mostra “S-Volta celeste” con lavori di Valter Boj, Claudio Pozzani, John Giorno e Gian Piero Reverberi – i Percorsi Poetici, itinerari guidati lungo le tracce lasciate da poeti e scrittori che vissero o soggiornarono a Genova e molte altre cose ancora.

TUTTI GLI EVENTI SONO GRATUITI"
Festival de Poesia -11-21 de junho

A décima quinta edição terá lugar em Genova de 11 ao 21 junho no Tribunal de Palácios Ducale e outros sugestinos lugares de um dos centros históricos mais grandes e característicos da Europa, que apresentará para mais de 80 acontecimentos entre leituras, concertos, desempenho, conferências, visitas guiadas.

Entre os hóspedes deste ano ,Vinicio Capossela e Cinasky (15 giugno) com o seu espectáculo o Sr. Pall encontra o Sr. Mall, John Dia (16 giugno), expondo desta geração poètes americanos entre feliz geração e POP arte; o performer alemão Blixa Bargeld (17 giugno), já o cantor do Einstürzende Neubauten [em entrevista de 25 minutos, aqui sobre indien-Eye.it] e o guitarrista Nick Cave; i Bachi Da Pietra (14 giugno) que apresentarão p últomo trabalho:`Tarlo Terzo' ; Massimo Volume (16 giugno) com a La Caduta Della Casa Degli Usher(A Queda da Casa de Usher), Hélio (18 giugno) em versão poética e de fino recital; o espectáculo “Os Que queimam a fronteira” com o grupo DOUNIA e Moncef Ghachem (18 gugno), poète e o jornalista libanês Joumana Haddad. Muitas iniciativas paralelas durante o Festival: l' exposição “Desenrolada celestial” com trabalhos de Valter Boj, Claudio Pozzani, John Giorno e Gian Piero Reverberi - os Percursos Poeticos , itinerários guiados ao longo dos vestígios deixados poètes e de escritores que viveram em Genova e muitas outras coisas ainda.

Todos os eventos SÃO GRATUITOS" ;

Grupo de Poesía Pretextos-अर्गेंतिनेल्काफ़é literario de las pretextas,



La pretextas>

"¡Cuánto tiempo parece haber pasado!
Felizmente, ya casi estamos viéndonos de nuevo.

En el café literario de las pretextas,
el sábado 13 de junio, a las 17.30,
en nuestro todavía nuevo y ya muy querido ámbito:
Auditorio del SADEM,
Av. Belgrano 3655, barrio de Boedo.

Con estos invitados especiales:

Jonathan Márquez
2do. Premio Reunión de Voces 09
"Por favor no enciendan mi alma,
todavía los fanstasmas no terminan de besarse."

Nilda Barba
"... abrirá los ojos / las manos en la boca (...) / necesitará
zapatos nuevos / piedras para estrenar / y el manto de maría."

Máximo Ballester
"... se morirá de paz el miedo / se alcanzará el amor
como la flor blanca que arrancamos de un naranjo."

Después, como ya saben, espacio abierto de lectura,
para que todos podamos hacernos escuchar y escucharnos.
Así que difundan, súmense,
sigamos creciendo y disfrutándonos.

¡Los recontraesperamos!


Nos auspician:


Instituto Superior de Música Popular - Escuela Popular de Música






Grupo de Poesía Pretextos-Argentina


grupopretextos@yahoo.com.ar
http://www.grupopretextos.com.ar/



Bibi Albert
Maria Laura Coppie
Gabriela Delgado
Alicia Cora Fernández
Alicia Márquez
Mariana Toniolo


Breves antecedentes
Alicia Cora Fernández


Socia de Honor del Group Plomes Póetiques

Masia "Can Mia" de Palol de Revardit (Cataluña). Algunos premios: Rotary Club Internacional, Centro de Estudios Poéticos (Madrid), etc.

ver poesías de la autora >>> ver datos completos >>>
Alicia Márquez


Creativa publicitaria, escritora, actriz, tallerista, guionista de largometrajes, directora y autora teatral ("La luna de Heliotropo", musical infantil, y otras). Obtuvo varios premios literarios.

ver poesías de la autora >>> ver datos completos >>>
Gabriela Delgado


Dos primeros premios en certámenes de Buenos Aires y Córdoba le valieron la publicación de sus libros: “AguaLuna” y “Destinatario”. Acaba de editar “La vida es otra cosa”.

ver poesías de la autora >>> ver datos completos >>>
María Laura Coppié


Productora de modas además de poeta, recibió

su primer premio literario a los 11 años en un certamen intercolegial, seguido este trofeo por varios otros nacionales e internacionales.

ver poesías de la autora >>> ver datos completos >>>
Mariana Toniolo


Autodidacta, escribe poesía desde la edad de 17años. Ha integrado varios foros y grupos. Forma parte, actualmente, de la movida literaria de Viedma y Carmen de Patagones.

ver poesías de la autora >>> ver datos completos >>>
Bibi Albert


Creativa publicitaria de toda la vida, cantan y graban sus temas grandes artistas que admira y quiere.

ver poesías de la autora >>> ver datos completos >>>


Highlights

Reunión de Voces 2008 nucleó a bastante más de doscientos escritores de la Capital, el Interior e importantes voces chilenas, brasileñas, venezolanas y colombianas, en una maratón de cuatro jornadas de poesía, con mesas de notables -que incluyeron a María Granata, Eugenio Mandrini, Marcos Silber, Osvaldo Rossi y María del Mar Estrella, por nombrar a algunos-, presentaciones

de libros y ponencias, y muchísimas mesas de lectura. Y donde no faltó la música (a través de calificados shows) ni la pintura, en una muestra que ponía otra clase de colores al evento.

Buenos Aires Poesía Café Literario, con su modalidad de convocar en cada fecha a tres (promedio) invitados especiales representativos de la literatura y hasta de la autoría de canciones, y con su espacio de lectura abierta a continuación, ha tenido y seguirá teniendo el desfile de grandes personalidades, entre figuras locales, argentinos radicados en el Exterior y representantes de México, Venezuela, Colombia, Cuba y España.

2006: Oscar Corbacho, Héctor Dengis y Cristina Briante, Carlos Carbone, Raimundo Rosales y Gustavo Tisocco, Norberto Barleand, Silsh y Juan Coronel Maldonado, Marcos Silber, Susana Fabrykant y Diana Poblet, Graciela Wencelblat, Yamil Dorá y Maria del Mar Estrella, Javier Limas (Colombia), Marcela Bublik y Eugenio Mandrini.

2007: Patricia Sibar, Héctor Negro y Rolando Revagliatti, Carina Paz, José Muchnik (París), y Norberto Corti, Liliana León Trujillo (Cuba), Jorge Cambiaso y Gabriela Antón, Alba Estrella Gutiérrez, Gustavo Tisocco y Susana Cattáneo, Graciela Caprarulo, Ernesto Pierro y Yadi Henao (Colombia), Hugo Salerno, Graciela Licciardi y Jorge Estrella, Rubén Derlis, Beatriz Schaefer Peña y Antonio Requeni, Roberto Liñares, Alejandra Dening y Roberto Reséndiz Carmona (México), Verónica García Rodríguez (México) y Francisco Lope Ávila (México), Vasco Baigorri (presentando su libro) y Carlos Medrano.

2008: Alicia Grinbank, Oscar Corbacho, Gabriel Sánchez Sorondo, Vildo Pioppi (presentando su libro), Emilio del Guercio y Jorge Paolantonio, Inés Legarreta, Fernando Luis Pérez Poza (España), Marión Berguenfeld, La Sociedad de los Poetas Vivos: Carlos Carbone, Eugenio Mandrini, Marcos Silber, Santiago Espel, , Jorge Ariel Madrazo, Marta Riskin, Osvaldo Rossi, Anibal Sciorra, Perpetua Flores, Rodrigo Illescas, Rubén Balseiro, Isabel Krisch, Manuel Bendersky, Nélida Puig, Gabriela Delgado, Ana Guillot, Mailena Martinez Crovetto, Jorge Estrella, Daniel Gayoso, M. Amelia Diaz, Paula Mones Ruiz, Elisa Dejistani.

Nuestros sponsors

Nuestro empeño en llevar adelante la tarea, con profesionalismo y verdadero compromiso, hicieron que fuéramos un proyecto interesante de auspiciar, y así es como contamos con Bodega Atilio Avena para los vinos de honor de todos nuestros eventos, con los bombones de Ferrero Rocher para agasajar a nuestros invitados y con Ediciones El Mono Armado -nuestro editor- que aporta todos los libros que sorteamos en cada encuentro, Instituto Superior de Música Popular y Escuela Popular de MúsicaHostel Gente del sur. Sponsors a los que se ha sumado ahora Swarovski.


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Acerca del Grupo Pretextos

El grupo existe como tal desde 2005, año en que algunas de sus integrantes coincidieron en un congreso de poesía en Mar del Plata.



Conocernos y reconocernos como poetas emprendedoras y en la misma sintonía fue una sola cosa, y encarar un proyecto en común nos resultó tan natural como imprescindible.

Desde entonces nos reunimos cada quince días -y más frecuentemente cuando estamos en medio de algo-, cumpliendo con el orden del día, que es casi siempre el mismo: primero que nada compartir vivencias, novedades y risas, enseguida poner manos, cabeza y corazón a la obra (siempre hay un tema, siempre hay un compromiso) y finalmente leer nuestros poemas de reciente producción, en ronda, de manera de nutrirnos, opinarnos y crecer juntas.



También desde entonces llevamos adelante nuestro ciclo de Café Literario Buenos Aires Poesía, el tercer sábado de cada mes, de marzo a diciembre, en el Bar La Maga, del barrio de Flores, siempre con invitados especiales de gran nivel, lo que ha incluido a reconocidos poetas mexicanos, colombianos, venezolanos, chilenos, cubanos, españoles y brasileños.



En estos años y a lo largo de tres ediciones también fuimos construyendo lo que hoy es el mayor y más trascendente encuentro de poetas en Buenos Aires, Reunión de Voces, siempre de cuatro jornadas a fines de abril, principio de mayo, coincidiendo en el calendario con la Feria del Libro.

Mientras tanto fuimos asiduas concurrentes a diversos encuentros en el Interior, como: Villa María, Tinogasta, Oberá, Posadas, y a otros, especiales en nuestro afecto, a los que adherimos como grupo: De Mente Azul (Eldorado, Misiones), AVE (Aristóbulo del Valle, Misiones), Viedma (donde se nos fue a vivir una de nosotras: Mariana Toniolo)/ El Cóndor/ Carmen de Patagones, en los que además se nos incluyó en antologías.



En 2007 nos entusiasmamos con la idea de publicar nuestro primer libro conjunto, y así lo hicimos. Simbolizando el ritual de nuestros poemas leídos en ronda, y por eso el nombre: Ronda de Pretextos (Ediciones El Mono Armado, presentación en La Clac, Av. de Mayo y Libertad, a cargo del poeta Oscar Corbacho y con un show de importantes artistas.



Y seguimos. Y seguiremos. Viajando, compartiendo, intercambiando, sumando, creando, publicando, haciendo. Para contribuir a que la poesía tenga el lugar que merece: cerca de la gente, a mano y a la vista en las góndolas, en los colegios, en los talleres, con la naturalidad y la accesibilidad que nunca debió haber perdido.

Breves antecedentes
Alicia Cora Fernández


Socia de Honor del Group Plomes Póetiques

Masia "Can Mia" de Palol de Revardit (Cataluña). Algunos premios: Rotary Club Internacional, Centro de Estudios Poéticos (Madrid), etc.

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Alicia Márquez


Creativa publicitaria, escritora, actriz, tallerista, guionista de largometrajes, directora y autora teatral ("La luna de Heliotropo", musical infantil, y otras). Obtuvo varios premios literarios.

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Gabriela Delgado


Dos primeros premios en certámenes de Buenos Aires y Córdoba le valieron la publicación de sus libros: “AguaLuna” y “Destinatario”. Acaba de editar “La vida es otra cosa”.

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María Laura Coppié


Productora de modas además de poeta, recibió

su primer premio literario a los 11 años en un certamen intercolegial, seguido este trofeo por varios otros nacionales e internacionales.

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Mariana Toniolo


Autodidacta, escribe poesía desde la edad de 17años. Ha integrado varios foros y grupos. Forma parte, actualmente, de la movida literaria de Viedma y Carmen de Patagones.

ver poesías de la autora >>> ver datos completos >>>
Bibi Albert


Creativa publicitaria de toda la vida, cantan y graban sus temas grandes artistas que admira y quiere.

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ver poesías de las autoras y ver datos completos en :http://www.grupopretextos.com.ar/quienessomos.htm

Contactos:grupopretextos@yahoo.com.ar

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Olhares, Teares, Saberes de Clevane पेस्सोया- MUNAP - Sementes de Poesia ano II





Regina Mello, Diretora do Museu Nacional da poesia-MUNAP, manda-nos o Press Release para domingo dia 14 de juno de 2009


MUNAP - Sementes de Poesia ano II

Edição dia dos namorados com lançamento do livro Olhares, Teares, Saberes de Clevane Pessoa, Editor Kiko Consulin (Editora Cultura Popular-S.Luiz-MA)

Praça dos Fundadores - Parque Municipal Américo Renê Giannetti -Belo Horizonte

Sementes de Poesia é um recital com diálogo intercultural, uma promoção do Museu Nacional da Poesia. Incentiva a leitura, a criação poética, a convivência artística, intercâmbio, divulgação e preservação de patrimônio imaterial. Espaço para a manifestação artística com microfone aberto a todos os poetas e amantes da poesia.

O Museu Nacional da Poesia está no seu quarto ano de ações culturais itinerantes em nível nacional e internacional. Seus principais programas são: O Original-Livro de artistas, a Galeria da Árvore uma galeria a céu aberto, o Sementes de Poesia – recital público e o Intercâmbio Internacional artístico-cultural, todos os programas com entrada franca.

A realização do Museu Nacional da Poesia está sob a direção de Regina Mello, artista visual e poeta, com formação multidisciplinar no Brasil e exterior. Conta com o apoio de centenas de amigos parceiros do museu e da Fundação de Parques Municipais de BH. Regina pesquisa e desenvolve programas interculturais com projeção internacional."

Todo segundo domingo de cada mês.
Evento: Sementes de Poesia
Data: dia 14 de junho de 2009, domingo
Horário: das 10 às 12h
Local: Praça dos Fundadores – Parque Municipal Américo Renê Giannetti – Alameda Ezequiel Dias s/n ou Av. Afonso Pena s/n - BH – MG

Entrada franca
Contatos: Mônica Andrade: 32771428 Regina Mello: 25157367 – 88387367