segunda-feira, 2 de março de 2009
Cenário Noturno
Imagens:Andreia Donadon, em web/arte de Fernando Barbosa
Capa de Cenário Noturno-tela de mesmo nome, de Deia Leal.
O livro Cenário Noturno , interpretado por Brenda Mars e autografado pela Poeta Andréia Donadon, foi lançado no Salão do livro em Ipatinga, MG, Brasil.A Poeta faz parte do movimento Aldravismo, de Mariana, MG e revela a mesma habilidade que demostra com os pincéis e espátulas, na arte aldravista, ao lidar com palavras .
Andreia Donadon , que é haikaista e leva, com seu grupo , haikais a crianças em idade escolar, teve por espaço oferecido ao lançamento justam,ente o "Jardim japonês naquela cidade.A tarde de autógrafos aconteceu no 3º Salão do Livro de Ipatinga .A a autora , Governadora do InBrasCi (Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais), assina suas telas com o nome artístico de Deia Leal.
A promoção é do CLESI , Clube de escritores de Ipatinga, em coordenação de Marilia Siqueira, poeta e difusora cultural, geramlmente assessorada por Marília Lyra.
A entrada foi franca, a própria capa de cenário Noturno, um presente de per si:obra da artista, coadunada assim entre as Letras e as artes plásticas.
A performance de Brenda Mars desenvolveu-se em cerca de 30 minutos após o que, Andréia Donadon, autografou seus exemplares.
A autora é o perfeito exemplo da arte e da poesia Aldravista.O Aldravismo é um Movimento Cultural Artístico, literário e educativo, que se desenvolve da cidade primaz do estado de Minas Gerias, para o País e o Mundo e, num crescente, vem chamado atenção pela excelência de todos os seus projetos, bem como para o talento das cabeças que o formam.
Brenda Mars vem se apresentando em vários eventos de Belo Horizonte, onde reside e em outros Países (Chile, Argentina, Estados Unidos-em Chicago-, na França, em Paris).
É Poeta del Mundo e Preside o IMEL, Instituto Imersão Latina.
A Poesia de Cenário Noturno
Um reflexo -ou muitos - da concepção aldravista , que privilegia a Metonímia- esse livro solo, de Andréia Donadon (a premiada artista Deia Leal(*)) revela sobretudo, o fluxo criativo da POETA, notívaga de feitio e que torna-se, na escrita, uma filósofa de seu tempo.
A metapoesia implícita, a ser decodicada ao escorrer dos versos, está presente, de maneira pessoal, em confiteor:
"O lado negro/dos versos/produz/aceso/à meia luz"
(...)"colhe choro seco"
(...)"prega cabeças/nas frestas da cruz"
(...)"abre ferida/entorna choro/alfineta ira/alimenta parasita"
(In "Lados Dos Versos")
Mas esse confiteor da alma poética, se pessoal, tem um cunho de universalidade com que todos os poetas poderão encaixar-se.
Andréia Donadon se espraie em sua própria luminosidade;quando esteve no Poesia, Paz e Primavera (evento que aconteceu no centro Cultural da Lagoa do Nado, em belo Horizonte), dia 25 de setembro´, impressionou pela leitura consistente desses versos, que também perpassam pela resiliência de um grupo e pela consistência autoral.
Ela não caiu na armadilha de colher poemas aqui e ali para fazer um livro, mas canalizou sua Ars Poetica para uma sequencia lógica, que justifica os conceitos aldravistas, sempre tão bem explanados pelo esposo, J.B.Donadon-Leal, por escrito e oralmente.
O poder de síntese é grande na jovem poeta.Em muitos poemas, ocorre uma perfeita e bem pensada atividade rítmica, sem quebra de paralelismo semântico, lapidadas as arestas e jogados fora os excessos>
Vejam em "Ponto Final":
passo largo
engano
passo lento
desencontro
um caminho
duas estradas
ponto final
Torna-se sempre evidente para quem a conhece, a estética proposital unida à intuitiva;artista plástica, tem a dimensão exata do necessário .E o leitor,viaja a convite, com passagem paga, nesse rico mundo interior, externado em cenário Noturno.Mundo notívago, graal feminino e compassivo, explosão de incógnitas que florescem no trajeto da leitura.Em uma das páginas,encontramos uma interrogação pintada por sua mão de artista, revela o "quase" que ela tanto ama e que nomeia a sua parte em Nas SENDAS de BASHO"(*).
Agora, é ler, para entretecer-se junto à trama da tecelã de palavras e excelências.
Ipatinga viveu em um jardim japonês-ela que ,repito,ama os haikais, interpretada por Brenda Mars- toda a leveza , mas com o peso da essência pura, a poesia Aldravista de Andréia Donadon.O livro tem feitura e carinho participativo da Aldrava Letras e Artes, editora , capa de Deia leal, com o mesmo nome da obra,prefácio de José Luiz Foureaux de Souza Júnior (Doutor em Literatrura Comparada da UFMG) e prévia do esposo o grande poeta J.B.Donadon-Lela, que diz muito mais que a aparente beleza de um poema:
"A lua traz bem mais que nós dois juntos
o signo da luz que o esplendor costura,
pois rompendo as trevas da noite escura
tece o tema de todos os assuntos..."
(in MARÍLIA_Sonetos Desmedidos, 1996)
Festejamos o lançamento e enviamos nosso carinhoso abraço a Andréia donadon , de quem apreciamos o tudo no "quase"...
Clevane Pssoa de Aaújo Lopes
Diretora Regional do inBrasCi, em Blo Horizonte, MG
Representante do Movimento Cultural aBrace
Embaixadora Universal da paz (cercle de Les Ambassadeurs Univ.de La Paix-Genebra
Suiça)
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