domingo, 15 de março de 2009

Poesia no Muro-Yeda Schmaltz





Fotos:1-Masé Soares ,mineira radicada em Goiânia

2_Yeda Schmaltz

3-um dos poemas no muro da "Casa da poesia", de Yeda Schmaltz, em Goiânoa_foto digital de Masé Soares(que participou com poema, do paz e Poesia, em março 2008.


"RECORDANDO YEDA SCHAMALTZ

Sempre é bom lembrar de pessoas como Yeda Schamaltz...

Clevane Pessoa, hoje relembrou nossos primeiros dias de conhecimento aqui na net,

quando lhe contei que era vizinha da poeta Yeda, e lhe fiz uma surpresa fotografando o muro

da casa da poeta que era sua tão querida amiga.

Imagem:em flash de Masé Soares, um dos muros da "Casa da Poesia",onde morava a poeta
Minhas palavras:

Yeda Schmaltz: era pernambucana, radicada em Goiás, onde integrou sua poesia à vida e aos costumes goianos.
Sua poesia erótica tem um estilo tão pessoal que é ,felizmente, inimitável.Por mais que tentem.
Nestes muros, florescem seus versos e neles pousam borboletas.Certa feita,Yeda fotografou, na madrugada, uma que pousara, posara em seu computador, deliciosamente encantada. E nos enviou o regalo. (Clevane Pessoa)

Palavras de Masé

"Com saudades... querida Yeda!

Com certeza onde está agora... está fazendo poemas pros anjos

e rodeadas de lindas borboletas!"

Fonte:blog de Masé Soares --->17/11/2007--->http://masesoares.zip.net/


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Cavalo de Pau ,Poema de Yeda Schmaltz

Cavalo de Pau

Quando amo, sou assim:
dou de tudo para o amado
— a minha agulha de ouro,
meu alfinete de sonho
e a minha estrela de prata.

Quando amo, crio mitos,
dou para o amado meus olhos,
meus vestidos mais bonitos,
minhas blusas de babados,
meus livros mais esquisitos,
meus poemas desmanchados.

Vou me despindo de tudo:
meus cromos, meu travesseiro
e meu móbile de chaves.
Tudo de mim voa longe
e tudo se muda em ave.

Nos braços do meu amado,
os mitos se acumulando:
um pandeiro de cigana
com mil fitas coloridas;
de cabelo esvoaçando,
a Vênus que nasceu loura.
(E lá vou eu navegando.)

Nos braços do meu amado,
os mitos se acumulando,
enchendo-se os braços curtos
e o amado vai se inflando.

— O que de mais me lamento
e o que de mais me espanto:
o amado vai se inflando
não dos mitos, mas de vento
até que o elo arrebenta
e o pobre do amado estoura.

(Nenhum amado me agüenta.)

Livro: A alquimia dos nós (1979).

Texto postado no blog de Clevane Pessoa

http://clevanepessoa.net/blog.php

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